Sábado,
26 de outubro de 2013.
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Diego Costa, convocado pela
seleção brasileira, envia carta
à Fifa onde enfatiza que quer
atuar pela Espanha, segundo
jornal espanhol “Marca” (Foto:
EFE)
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Diego
Costa envia carta à Fifa e define que vai defender a Espanha.
O atacante brasileiro Diego
Costa, jogador contratado pelo Atlético de Madri, teve que escolher entre
defender a seleção de seu país ou a seleção espanhola, país onde atua
profissionalmente. As duas seleções demonstram interesse em sua convocação. De
acordo com o jornal espanhol "Marca", o jogador enviou uma carta à
Fifa manifestando a sua intenção de defender a Espanha. Na correspondência, o
atleta não mencionou a renúncia ao time canarinho, já que poderia ser punido
pela entidade máxima do futebol por conta de tal atitude. A partir de
agora, a decisão está nas mãos da Fifa. Diego Costa inclusive foi convocado por
Felipão para os dois últimos amistosos do ano. Esta situação demonstra o quanto
o dinheiro fala mais alto no mundo do futebol. Enganam-se aqueles que acham que
o atleta, salvo raras exceções, quando beija a camisa ou bate no peito onde se
insere o escudo do time que defende a relação é de entrega e de amor. É puro
negócio. Tudo bem se a grana combinada estiver na conta. E nesta lamentável
realidade o atleta é o menos culpado. Desde cedo, quando vai para as peneiradas
dos clubes, o interesse é se dar bem. A maioria, de origem humilde, vê no
futebol a oportunidade de não somente fazer o que gosta, mas ganhar bastante
dinheiro para ajudar a sua família, em primeiro lugar. Quando aprovado nas
seleções para os times de base cai nas garras dos empresários que reforçam essa
cultura mercenária. É tudo negócio a partir de investimentos de risco. Quando
dá certo tudo bem, mas quando não dá coitado do atleta. Diego Costa apenas
reflete esta realidade. Patriotismo? Que patriotismo? Que estímulos ele teve
desde a infância para entender o que seja Pátria. O fato de não estar jogando no Brasil já demonstra que o melhor para ele está fora e não dentro de seu
país. Não me decepcionei com sua atitude. Embora chocante para quem, como eu
entenda o que seja “amor à Pátria”, não o é para a grande maioria que, por
falta de formação adequada, prioriza o “se dar bem”. E, para Diego Costa sua
pátria começa nas travas da sua chuteira e essas cravam os verdes gramados do
solo espanhol e não brasileiro. Fazer o quê? JoYa