Sábado, 27 de agosto
de 2016.
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"A capacidade perceptiva faz com que se
enxergue algo a
mais do que somente o amassar de uma banana" JoYa
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O dono de uma grande empresa de alimentação se
aproximava da aposentadoria e, preocupado, procurava quem pudesse substituí-lo.
Com sessenta e dois anos dedicados a consolidar sua organização como uma das
melhores do mercado, ele finalmente havia percebido que chegara a hora de
parar. Para substituí-lo havia quatro candidatos em potencial, todos da
diretoria e assim como ele, conhecedores profundos do negócio, pois galgaram um
a um os postos da empresa, desde o "chão de fábrica" até a
administração. Mas qual seria o mais adequado para substituí-lo? Certamente
deveria ser aquele que tivesse a capacidade de observação das necessidades do
negócio tão aguçada quanto à dele. Inventou, então o teste da banana amassada.
Toda manhã, antes do café ele mesmo preparava um prato com banana amassada, com
mel, aveia e leite. Um a um ele convidou seus diretores a acompanhá-lo no café
da manhã. Diante deles ele preparou um prato com banana amassada, não sem antes
oferecer ao seu convidado e, diante dele, o preparava cuidadosamente. Depois de
tomar o café, agradecia o atendimento ao convite e se despedia. Assim, um a um
ele chamou todos os seus quatro diretores. Após, convocou uma reunião de
diretoria e comunicou a intenção de se retirar do comando da administração da
empresa e para tanto havia decidido que um dos quatro iria substituí-lo. O
escolhido seria aquele que melhor resultado conseguisse em um teste
aparentemente muito simples: o teste da banana amassada. Os quatro se olharam
como que não entendendo bem o que lhes havia sido proposto pelo diretor
presidente da empresa. E decretou o comandante:
- A partir de amanhã cedo, os quatro irão tomar o café da manhã comigo, na
mesma ordem da outra vez. Cada um terá a tarefa de comprar os ingredientes e
preparar um prato de banana amassada idêntico àquele que preparei diante dos
senhores quando aceitaram gentilmente meu convite.
Parecia, a princípio, um teste banal. Mas não foi. A banana tinha que ser da
mesma qualidade, no mesmo tempo de maturação e na mesma quantidade. O mel
também. A marca deveria ser a mesma utilizada. O mesmo para a aveia e o leite.
Após observar o desempenho de cada um de seus diretores e experimentar o
resultado do prato que lhes foi oferecido ele, finalmente pode escolher o seu
substituto, segundo seus critérios de avaliação. Ao anunciar o vencedor,
explicou que todos eram excelentes administradores, mas para a tarefa de
substituí-lo ele esperava encontrar alguém que mesmo num momento de descontração
mantivesse a capacidade de observação nos mínimos detalhes de um produto
alimentício que à sua frente era produzido. Todos os detalhes: marca,
variedade, quantidade, modo de preparo, etc., pois o negócio deles era, em
síntese, alimento. Um teste simples, mas eficaz. E, para felicidade do chefe,
um deles acertou em cheio todos os ingredientes utilizados e foi o escolhido
para sucedê-lo.
Moral da história: As grandes empresas procuram hoje mais do que
executivos graduados e com excelente currículo. A necessidade premente é
encontrar quem possua “algo mais” que só a capacidade perceptiva pode oferecer.
Estar “ligado no negócio” o tempo todo, todo o tempo. Eis aí o predicado
valorizado por cem em cada cem empresas e que tanta falta faz a um mercado
altamente competitivo em todos os setores: a capacidade perceptiva de quem está
no comando do negócio.
"A capacidade perceptiva faz com que se
enxergue algo a
mais do que somente o amassar de uma banana" JoYa