Quarta-feira, 03 de
dezembro de 2014.
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Jorge Yared |
Hoje parei para ler um texto de uma amiga do
Facebook. Recomendo a todos. Embora saibamos de nosso destino inexorável,
muitos não gostam de lidar com a morte. Mas, com equilíbrio, necessário se faz
refletir a respeito. As perdas não ocorrem só com os outros. Um dia nós seremos
o motivo da tristeza de entes queridos. Também, ao longo da vida iremos
sepultar pessoas que nos são caras. O ser humano embora pareça diferente
torna-se muito igual quando vive a dor da perda de um ente querido. Portanto,
leiam este texto que compartilho com o maior respeito, pois penso igual. A
morte física já silenciou pessoas muito especiais para mim. Meus avós, meu pai,
tios, primos e amigos. Ah, quanta falta me fazem. Daí, em homenagem à vida,
procuro estar perto das pessoas que amo para compartilhar com eles esse dom
maravilhoso da convivência humana e do aprendizado existencial. O
desenvolvimento da espiritualidade passa a ser fundamental para que, ao mesmo
tempo que nos fortaleçamos perante a vida, possamos encontrar o entendimento diante da inexorável morte do corpo,
pois o espírito vivifica. JoYa
A perda de um ente querido é a prova mais dolorosa
que o Espírito enfrenta em sua breve passagem pela Terra. Como entender um fato
que parece fechar todas as portas à esperança? Conviver sem a presença física
de quem tanto estimamos?
Controlar a saudade dos mínimos gestos? Saudade essa
que ao contrário do que dizem, parece aumentar com o tempo.
Como suportar a voz que se calou trazendo um
terrível silêncio? E o que fazer para conter as lágrimas diante das fotografias
de um passado que não retorna?
Manter a confiança torna-se tarefa complicada quando
o futuro nos parece tão incerto.
Tudo a nossa volta parece sem sentido e penoso, falta coragem para os mínimos
atos. Emoções se misturam, num instante a revolta, a descrença, a vontade de gritar
sem parar e em outro momento, reina a melancolia, o pranto, a vontade de
desistir.
Desesperados queremos nos apoiar em algo, mas parece
não haver remédio para nossa dor!
Como almejamos por notícias, por provas de que a vida prossegue, de que um dia
o reencontro realmente ocorrerá, mas nossos apelos parecem em vão.
Por que tamanha dor que dilacera nossas almas e
ceifou nossos sonhos? São as perguntas que continuamos a buscar.
E a cada manhã, travamos uma intensa luta para
levantarmos e principalmente nos mantermos de pé.
O sofrimento é imenso, que fica complicado até para compartilhar, faltam
palavras para expressá-lo.
Daríamos tudo por apenas um minuto na presença do ente querido, pela chance de
encontrarmos o mesmo olhar, de acariciarmos a face e sentir novamente o seu
calor.
De termos a certeza de que a vida continua, mas a
nossa frente só escuridão… Onde está a piedade divina?
Aqui, sempre! Porque são nessas horas que devemos
buscar a presença de Jesus em nossas vidas e novamente ouvir a sua voz amorosa
a nos confortar: Vinde a Mim todos vós que estais cansados e oprimidos e eu vos
aliviarei.
Sim, será Jesus que segurará nossas mãos nesse
momento tão complicado, que com sua infinita bondade, enxugará nossas lágrimas,
permitindo que nossos olhos enxerguem outros horizontes. Com sua misericórdia,
aliviará nosso íntimo, acalmando a tempestade de sensações conflitantes em que
nos encontramos mergulhados. É Jesus que nos devolverá a alegria de viver,
comprovando-nos que a morte não existe, é apenas uma passagem.
E fortalecidos seguiremos nossa jornada, conscientes
de que Jesus prossegue a nos guiar e a nos mostrar que a morte significa chegar
ao fim e descobrir que o fim, em verdade, é apenas um novo recomeço.
E recomeço com Jesus!