Sábado, 28 de abril de 2012.
Casamento religioso é
valorizado pela fé. É um compromisso pessoal.
Quanto mais entrega, mais
forte é esse compromisso
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Hoje entendo melhor a razão de ser dos casamentos civis e religiosos.
Sempre achei mais emocionante e envolvente o casamento religioso. A cerimônia é
muito bonita. O civil, embora também o seja para os noivos, nada mais é do que
uma regulação jurídica da união. Necessária para o convívio em sociedade. Daí
entendê-lo como um compromisso social, uma satisfação que os noivos dão à
família, aos amigos, à sociedade. Já o casamento religioso é valorizado em primeiro
lugar pela fé. Depois vem como conseqüência o sentimento de amor, carinho,
consideração, respeito e compromisso dos noivos entre si. É um compromisso
pessoal. Quanto mais entrega, mais forte é esse compromisso. Quando falamos em
religião pensamos imediatamente em Deus. E Deus é a essência do amor, da luz,
da energia que aquece e protege conforme a fé de cada um. Daí o casamento
religioso ser tão especial.
Agora faço algumas indagações baseadas em fatos reais que sempre
existiram, mas que vêm crescendo de uma maneira até preocupante ao longo dos
anos: porque esse índice tão grande de separações, encerrando aqueles dois
compromissos a que me referi anteriormente? O que faz com que duas pessoas
outrora tão comprometidas com a relação procurem advogados para formalizar no
cartório a separação civil? E como fica
a separação religiosa, aquele compromisso firmado diante de Deus e da própria
essência do amor? Que sentimento é esse que em vez de crescer (quando é verdadeiro)
sucumbe, muitas vezes por questões fúteis (financeiras px)? Que confusão de
sentimentos é esse?
A estrutura da família se baseia no amor do casal que a gera. Essa
estrutura se estende à própria sociedade que é a grande família. Desestruturada
a primeira, os reflexos negativos são pontuais na segunda. Pessoas
problemáticas geram relações problemáticas em todos os níveis. Muitas vezes
tentamos entender o crescente índice de violência e buscar soluções para ele.
Podem acreditar qualquer solução que se queira dar à violência social passa
pela responsabilidade que as pessoas devem ter com os seus compromissos. Se
essa responsabilidade não for levada mais a sério, dificilmente teremos uma
sociedade justa e equilibrada, pois são as pessoas que a compõe. Pessoas que
precisam rever seus valores e dar mais importância aos compromissos firmados
tanto sociais quanto pessoal. O casamento é um deles. Com certeza, o mais
importante, pois é dele que se originam as pessoas. Casamento sem compromisso é
acasalamento, isto é, uma relação construída em alicerces falsos que tende mais
cedo ou mais tarde a sucumbir.
Reflitam sobre isso, meus amigos!