Quarta-feira, 27 de junho de 2012.
Os responsáveis por um dos casos mais violentos registrados em 2011, na
Grande Curitiba, foram presos e apresentados pela Polícia Civil nesta
quarta-feira (27). Em 22 de abril do ano passado, feriado da Páscoa, cinco
homens foram amarrados e mortos com tiros na cabeça, em um loteamento de chácaras
em Piraquara, região metropolitana da capital.
Ex-mulher envolvida
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Derise nega participação no crime (foto Tiago Silva/Banda B) |
Entre os detidos está Derise Grando, ex-mulher do ambientalista Jorge
Grando, dono da chácara em que as vítimas foram executadas. Para a polícia, não
existe mais dúvidas: o crime foi um latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo
o delegado Amadeu Trevisan, da Delegacia de Piraquara, Derise contou a Edval de
Souza que o ex-marido estava com uma grande quantidade de dinheiro na chácara. “Ela tinha bom contato ainda
com o ex-marido e recebeu a informação. Contou para Edval que ao lado dos
irmãos João Carlos e Adilson da Rocha (que cumprem pena na Penitenciária
Central do Estado (PCE), em Piraquara, e no dia da chacina haviam recebido o
direito de passarem o feriado com a família) planejaram o assalto”,
iniciou o delegado. “Eles foram à propriedade naquela madrugada
achando que Grando estava sozinho, entretanto, havia outras pessoas com ele, o
que fez com que o plano mudasse de rumos”,
complementou Amadeu.
Jorge Grando não estava
sozinho
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A cena chocou até mesmo os policiais (Foto arquivo/Banda B) |
De acordo com as investigações, ao perceberem a presença das outras
quatro vítimas, sendo elas: o irmão de Grando: Luis Carvalho Grando; Albino
Silva, funcionário da Sanepar; Gilmar Reinert, empresário; e Valdir Vicente
Lopes, agente da Penitenciária Central do Estado, os acusados os amarraram e,
como Grando negou ter dinheiro na chácara, uma discussão se iniciou. “Sem o dinheiro os suspeitos
passaram a espancar o Grando, quando ele tentou fugir, foi disparado um tiro
contra ele. Depois disso, todos os outros que estavam lá foram executados com
disparos na cabeça”, explicou o delegado.
Negativa de autoria
Como os suspeitos negam o crime, fica difícil esclarecer o motivo para
que eles tenham decidido matar todos. “É um direito deles de negar,
mas todos os indícios apontam para que o crime tenha ocorrido desta forma”,
garantiu Trevisan. Os irmãos Rocha estavam e permanecem presos na PCE. Já Edval
e Derise foram detidos na manhã de hoje.
A polícia fez sua parte
Os acusados vão aguardar o julgamento presos e, embora neguem o crime, a
polícia considera a chacina completamente esclarecida. “Da nossa parte, este crime
brutal foi solucionado”, concluiu o delegado. (Banda B)