Quinta-feira, 24 de julho de 2014.
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"A vida é um permanente "jogar de pedras". Resta-nos o desafio de não ser vidraça. Só depende de nós e de nossa força de vontade" JoYa |
Escrevi nesta quarta-feira "A pedra e a vidraça"(Leia logo abaixo). Considero necessário dar dois testemunhos pessoais para corroborar com o conteúdo que postei. O primeiro deles foi em relação aos estudos. Garotinho ainda em Porto União da Vitória, onde residia via meus primos vindo estudar em Curitiba. Após alguns anos testemunhava a alegria de meus tios com suas aprovações nos difíceis vestibulares da capital. Tudo parecia tão distante e difícil de conseguir. Será que conseguiria? Perguntava a mim mesmo. Eis que, em 1971, quando completei 17 anos, meu pai, assim como seus irmãos fizeram, viabilizou minha vinda para cá. Deu toda a estrutura de que necessitava. Lugar bom para morar, refeições saborosas e fartas (almoço e janta) e o melhor cursinho da época. Eu só precisava sentar e estudar. E assim fiz. Foi quando, na prática, pela atitude necessária (estudar) deixei de ser vidraça. Pelo menos a blindei o suficiente das pedras da dúvida e da insegurança. Fiz o que era preciso fazer e a recompensa veio em seguida. Em janeiro do ano seguinte agradeci ao meu pai com a aprovação no vestibular de Direito da Universidade Federal do Paraná. O segundo testemunho se relaciona à profissão. Garotinho ainda assistia aos programas do canais 6 e 4 de Curitiba. Sentia uma vontade imensa de realizar aquilo que os apresentadores faziam. Lembro de ícones da época como Jamur Junior, Haroldo Lopes, J.J., Laís Mann, Ivan Curi, Wilhian Sade, entre outros. Quando comentava este desejo, provocava risos de parentes e amigos que achavam muito difícil aquele garotinho chegar a uma função tão difícil e disputada. Parecia algo inatingível para um interiorano simples como eu. Mas, nunca me deixei abalar por comentários desestimuladores. Foquei no objetivo e me preparei. Aos 17 anos ingressei no rádio e aos 22 na televisão. Sim, aos 22 anos estava ao lado daquelas "feras" aprendendo e trabalhando para surpresa e posterior orgulho de minha gente. São testemunhos que corroboram o texto que produzi. Podemos sim, pela confiança e determinação obstruir as pedras que porventura sejam lançadas, até por nós mesmos, contra nossas pretensões pessoais. É exatamente aí que deixamos de ser vidraça. JoYa