Sábado, 07 de maio de 2011.
O deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) cobrou uma solução para a morte do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, membro da Associação Paranaense de Preservação Ambiental do Rio Iguaçu e Serra do Mar (APPAM). Jorge Grando foi assassinado tragicamente no dia 22 de abril último em sua chácara, em Piraquara, juntamente com outras quatro pessoas, entre elas, Antonio Luis Carvalho Grando, irmão do ambientalista.
“Esse crime não pode ficar impune. Esse tipo de crime é conhecido no mundo inteiro e nós temos que dar uma resposta para sociedade. Acredito que nossa Polícia, pela sua competência, vai encontrar a verdadeira razão desta chacina. É difícil admitir que o crime foi motivado por alguma desavença, porque o Jorge era uma pessoa que evitava o confronto, convencia as pessoas com argumentos”, comentou o parlamentar.
Com mais de 30 anos de militância na área ambiental, Jorge Grando era membro do Conselho Gestor dos Mananciais da Região Metropolitana de Curitiba e foi o criador do Dia do Rio, comemorado em 24 de novembro, quando sugeriu ao ex-presidente da Assembleia, Aníbal Khury, a ideia do projeto. “A morte de grande foi um acontecimento triste para o Paraná, para o movimento ambiental. O Jorge teve importantes iniciativas em todas as áreas: ambiental, social e principalmente no combate a miséria”, definiu Rasca.
O deputado do PV lembrou ainda do projeto do ambientalista premiado no Japão sobre plantação de vime para móveis, em que os beneficiados eram menores infratores. O objetivo do projeto era integrar solução ambiental e social retirando os menores da situação de carência. “Ele acreditava que poderíamos reverter às pessoas que estavam em desatino para o convívio social”, disse.
Além disso, ele acolheu os índios Guarani, destinando 18 alqueires da sua propriedade para instalação da Aldeia Indígena Karuguá/Araçáí, em Piraquara, onde vivem 17 famílias. Estava envolvido em um projeto de transformar o condomínio de Piraquara em uma região ambientalmente correta, o nome do local era Ecovila e fica próximo às nascentes do Rio Iraizinho. Seu sonho era criar um corredor de proteção na Serra do Mar, com ajuda de novos ocupantes.
O crime
Os cinco crimes ocorreram na casa de Grando que fica em um loteamento de chácaras, localizado perto da Estrada Nova Tirol, bairro Capoeira, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. As vítimas foram identificadas de forma extra-oficial, como os irmãos Antonio Luiz Carvalho Grando (43), conhecido como “Toninho”, e Jorge Roberto Carvalho Grando (53), além de “Gilmar” e Albino Silva, que seria funcionário da Sanepar. O quinto homem é o agente penitenciário, Valdir Vicente Lopes.
A sociedade cobra uma solução para o caso.