Sábado, 31 de março de 2012
Confissão mais do que confusa para mim. Posso estar enganado, mas a impressão é de que a doceira dos bombons envenenados está com medo de alguma coisa. Até agora ainda não ficou esclarecida a razão do envenenamento de Talita e do posterior espancamento do marido. Ou ela é uma tremenda psicopata ou alguma estória mais grave está por trás desses fatos. Só os interrogatórios feitos por especialistas é que poderão revelar a verdade de tudo isso. Vamos aguardar.
A notícia do site da Gazeta do Povo
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A doceira Margareth Aparecida Marcondes quando prestava depoimento ao delegado Marcel de Oliveira, da
Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Joinville (Foto Carlos Junior/Gazeta do Povo) |
O delegado Marcel de Oliveira, da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Joinville, afirmou que a doceira Margareth Aparecida Marcondes, de 45 anos, confessou ter enviado brigadeiros envenenados para adolescentes paranaenses e que espancou o próprio marido. A mulher, que foi presa na madrugada deste sábado (31) enquanto dormia em seu carro em Barra Velha, no litoral catarinense, prestou depoimento à polícia em Joinville, nesta manhã. Oliveira disse que a mulher estava muito confusa, mas admitiu que fez os doces envenenados apesar de não apontar uma razão para isso. Apesar do depoimento confuso, a polícia afirmou que ela detalhou o processo de fabricação dos doces, que condiziam com os brigadeiros que foram encontrados com os adolescentes paranaenses. Ela também confessou que agrediu o marido, Nercival Cenedezi, 49 anos, que foi encontrado em casa com sinais de espancamento na quinta-feira (29). Ele estava nu, desacordado e com marcas de agressão na cabeça e no braço. Segundo o delegado, Margareth justificou a agressão dizendo que não queria que o marido soubesse o que ela havia feito no Paraná. O policial informou que, além de admitir ter enviado bombons com veneno, Margareth confessou ter tentado matar o marido. Nercival Cenedezi, 49, foi encontrado na casa em que mora, em Joinville, com ferimentos na cabeça provocados por um rolo de massa. Segundo o policial, a doceira pretendia evitar que o marido a denunciasse à polícia. “A Margareth é uma pessoa muito confusa. Ela tem características psicopatas. É transtornada”, disse o policial depois de tomar o depoimento dela. No depoimento, destacou Marcel, a doceira disse não saber o porquê de ter enviado bombons envenenadas à adolescente do Paraná. As mensagens de celular, enviadas a um grupo de amigos do casal, também são de autoria da própria Margareth. No texto, um aviso de que Cenedezi estaria morto e que Margarete teria presenciado o crime. “Nercival está morto em casa aguardando para ser enterrado. Mulher presenciou tudo, está dopada, drogada e pronta para ser atropelada. Docinho só fachada. Laranja se ferrou”, dizia o texto. Para Oliveira, a doceira enviou as mensagens para que encontrassem o marido, que ela julgava estar morto, e para tentar desviar a atenção sobre a participação dela no crime. Os passos da doceira estavam sendo monitorados pela polícia catarinense. Na segunda-feira (26), a polícia soube que ela passou por uma agência bancária em Itajaí, porque foi flagrada pelas câmeras de segurança. "Já sabíamos que ela estava viva e por ela estar bem tínhamos certeza de que ela havia participado dos crimes", conta.
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Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba, que investiga o caso, Margareth será trazida para o Paraná ainda neste sábado (Foto Carlos Junior/Gazeta do Povo) |
PrisãoA doceira identificada pela polícia nas imagens do circuito de segurança de um shopping de Curitiba entregando uma caixa de brigadeiros envenenados a um taxista, no Capão Raso, foi presa na madrugada deste sábado (31). Margareth Aparecida Marcondes, de 45 anos, foi detida por volta das 3 horas enquanto dormia em seu carro, um Renault Symbol, na praia de Barra Velha, em Santa Catarina.
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba, que investiga o caso, Margareth será trazida para o Paraná ainda neste sábado. A doceira morava em Joinville e estava desaparecida desde o dia 20 de março. (Gazeta Online)