Sábado, 12 de julho de 2014.
Precisou a seleção brasileira levar dez gols em dois jogos para cair minha ficha: Não conseguimos formar uma equipe com padrão de jogo e aí nos tornamos presas fáceis para um futebol de alto nível. Está aí o grande pecado do treinador e da própria estrutura de trabalho que foi estabelecida pela atual comissão técnica. Estabelecer um padrão de jogo aos atletas e treinar à exaustão é uma exigência para quem almeja formar uma seleção competitiva e de alto nível. A função do treinador é convocar atletas e treiná-los para o jogo coletivo dentro do padrão tático estabelecido. Como a maioria dos jogadores atua no exterior e sem ter competido uma eliminatórias, a seleção chegou na Copa com um elenco sem sintonia tática. Felipão talvez tenha apostado que a competição realizada um ano antes (Copa das Confederações) tivesse sido suficiente para este intento. Mas, um ano no futebol é muita coisa. Jogadores se lesionam (Fred px), outros tecnicamente caem de produção e vão para a reserva em seus clubes (Paulinho px) e tudo isso acaba por minar as pretensões do treinador. Uma coisa ficou certa: A seleção precisa de um melhor planejamento para, ao longo desses quatro anos formar uma base e dentro dela buscar um padrão de jogo focado principalmente no entrosamento e no espírito coletivo. Bons atletas sempre teremos à nossa disposição. Creio que agora a questão será no comando e no planejamento e, aí sim creio, as peças precisam ser substituídas. Não só em relação aos atuais profissionais, mas principalmente para uma nova mentalidade. O futebol é um esporte coletivo. Ou formamos uma equipe, ou continuaremos aquém de nossas expectativas. JoYa
Crédito: Gazeta Esportiva. Net |