Imparcialidade

"A cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir". Steve Jobs

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Suzuki, versão japonesa do Joãozinho


Sábado 23 de fevereiro de 2013.
No primeiro dia de aulas numa escola secundaria dos EUA a professora apresentou aos alunos um novo colega, Sakiro Suzuki, do Japão…
A aula começa e a professora:
- Vamos ver quem conhece a história americana.
- Quem disse: ‘Dê-me a liberdade ou a morte’?
Silêncio total na sala
Apenas Suzuki levanta a mão e diz:
- Patrick Henry em 1775 na Filadélfia.
Responde a professora
- Muito bem, Suzuki.
- E quem disse: ‘O estado é o povo, e o povo não pode afundar-se.’?
Suzuki novamente diz:
- Abraham Lincoln em 1863 em Washington.
A professora olha os alunos e diz:
- Vocês não têm vergonha?
- Suzuki é japonês e sabe mais sobre a história americana que vocês!
Então, ouve-se uma voz baixinha, lá ao fundo:
- Vai tomar no cu, japonês filho da puta!
Grita a professora
- Quem foi? 
Suzuki levanta a mão e sem esperar responde:
- General McArthur em 7 de dezembro de 41 em Pearl Harbour, e Lee Iacocca em 1982 na Assembléia Geral da Chrysler.
A turma fica super silenciosa, apenas ouve-se do fundo da sala:
- Acho que vou vomitar.
A professora grita:
- Quem foi?
E Suzuki:
- George Bush (pai) ao Primeiro-Ministro Tanaka durante um almoço, em Tókio, em 1991.
Um dos alunos grita:
- Chupa o meu pau!
E a professora irritada!
- Acabou-se! Quem foi agora?
E Suzuki, sem hesitações:
- Bill Clinton à Mônica Lewinsky, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, em 1997.
E outro aluno se levanta e grita:
- Suzuki é uma merda!
E Suzuki responde:
- Valentino Rossi no Grande Prêmio de Moto no Rio de Janeiro em 2002.
A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta se abre e entra o diretor, que diz:
- Que merda é essa, nunca vi uma confusão destas!
Suzuki:
- Lula para o ministro da Aeronáutica, a respeito do caos aéreo em Dez/2006, Brasília.
E outro aluno, num sussurro que ecoou:
- Ihhh… agora fodeu de vez!
Suzuki:
- Lula de novo, após a queda do avião da TAM.
O diretor fica estarrecido com a petulância do japonês e da euforia da turma e diz:
- Cambada de viadinhos filhos da putas, vcs tem que virar homens de verdade!
Suzuki:
- Muricy Ramalho para o time do São Paulo nesta última libertadores 2009 (antes de ser demitido) …
Fonte: Recebido por Email

Desejo atendido

Sábado 23 de fevereiro de 2013.
“A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.”
 Luís Fernando Veríssimo
Desde criança tinha um desejo inexplicavelmente transformado em vaticínio: o de ter uma filha cujo nome era Yaiune (uma expressão idiomática árabe que quer dizer “meus olhos”, isto é, você é tão importante para mim quanto meus olhos). Adolescente ainda sonhava com a menina em meus braços me chamando de Papai. Como não poderia tê-la sozinho, precisava da mãe. Os anos se passaram e pouco depois de completar trinta e cinco anos, fui atendido. Nascia, em l989 a menina que encantaria meus olhos, a minha Yaiune. Mas, engraçado foi a situação vivida poucos dias depois de ter conhecido a mãe da menina. Passeando com ela percebi uma barraquinha que vendia entre outras coisas bonequinhas com rosto de porcelana e corpo de pano, artisticamente bem vestidas. Aproximei-me da barraca e comprei a que meu coração mandou. Lembro até hoje a cor do vestido: verde piscina. Após, entreguei-a a minha então namorada (percebam, havia começado o namoro a não mais que dez dias) e disse:
- Estou lhe dando esta bonequinha. O nome dela é Yaiune. Vá se acostumando com o nome, pois assim chamará a nossa primeira filha!
Deus foi muito bom para comigo. Entendo que abusei um pouco. Petulante até, reconheço. Mas, não é que aconteceu tudo, do jeito que eu sonhava? Hoje a luz dos meus olhos tem 23 anos. Uma companheira amorosa e presente, para não falar mais o que qualquer pai “abobalhado” descreveria de sua princesinha.
Hoje, ao ver esta foto postada lembrei–me do fato e fechando os olhos agradeci com sinceridade ao Criador, por ter se comprazido em atender a tão pontual desejo. Obrigado, meu Deus, prometo sempre fazer de tudo para estar à altura de seus desígnios.

Competição precisa de adversário à altura

Sábado, 23 de fevereiro de 2013.
Pai e filho torcedores adversários só no futebol
Amanhã, domingo, dia 24 de fevereiro será a data de mais um Atletiba, o maior clássico do futebol paranaense. pelo menos o mais tradicional. Fiz questão de reproduzir essa foto de meu amigo no Face, Kuriu. É desse jeito, amigo. Que vença o melhor e aquele que perder que reveja a estratégia de planejamento para o próximo embate. O que não pode é um tentando destruir o outro. Aí acaba a competição por não ter adversário à altura. Um precisa do outro para curtir o delicioso sabor da vitória, que nunca bastará em si mesma.

Acusação duvidosa

Sábado, 23 de fevereiro de 2013.
É preciso cautela com esse tipo de postagem. Já vi essa mesma declaração na boca de outro político, o governador de Santa Catarina. Provavelmente estão se utilizado desta prerrogativa para denegrir a imagem de opositores. Não venho em defesa deste ou daquele. Mas, a verdade precisa ser estabelecida. Não importa em defesa de quem. Faço esse alerta, pois caí na que envolveu o governador de Santa Catarina. Hoje, ao ver essa publicação com a imagem do governador de São Paulo e os mesmos dizeres, com a mesma dinâmica visual percebi que é um engodo. Acredito que um político do naipe de Alckmin jamais falaria uma besteira dessas.

A influência dos pais

Sábado, 23 de fevereiro de 2013.
Somos influenciados pelo meio onde fomos criados, mas isso não determina nossa futura conduta. O caráter de uma pessoa geralmente a livra das armadilhas que porventura herde de familiares. Se a pessoa segue a premissa herdada é porque mostra ser farinha do mesmo saco, massa do mesmo forno. Caráter é caráter. A Bíblia nos orienta quando nos diz que a "salvação é individual. Filho não salva pai, nem pai salva filho".

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Uma “Ponte Grande” para o progresso de Lages, SC

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Prefeito Elizeu Mattos esteve acompanhado de seu vice, Toni Duarte,
do secretário de Planejamento, Jorge Raineski e de quase  todos os
demais secretários municipais e vereadores da base de apoio
(Foto Blog Revista Visão)
O prefeito Elizeu Mattos, do município serrano catarinense de Lages assinou nesta sexta-feira (22) na Biblioteca Pública da cidade, três ordens de serviço para aquela que está sendo considerada a maior obra urbana já realizada no município: a urbanização, implantação de pavimentação e realocação de famílias dentro do projeto da "Avenida Ponte Grande”. Para sua execução a obra contará com recursos do Ministério das Cidades: investimentos do Governo Federal no montante de R$ 56 milhões. O município de Lages entrará com R$ 13 milhões de contrapartida e com aproximadamente mais R$ 12 milhões para a implantação de um novo conjunto residencial para as famílias atingidas. As casas serão construídas seguindo o projeto Minha Casa, Minha Vida. Seguindo o compromisso de campanha de que toda obra em sua gestão terá data para começar e para terminar foi definido o prazo para entrega do empreendimento: Será de 24 meses a contar de hoje. A obra terá 6,3 Km de extensão, com pistas de pavimento, urbanização, passeios públicos e ciclovia ao longo dos dois lados da margem do rio. O complexo das obras da Av. Ponte Grande atingirá diretamente treze diferentes bairros e oferecerá à cidade a sua avenida mais moderna.

A fantástica hora de morrer

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Tumulo, cova, crematório são apenas detalhes...
Li um conteúdo que expressa o pensamento do amigo Samuel Lopes sobre a morte. E ele aproveita para dar umas dicas. Longe de macabras, elas direcionam a uma conduta pontual das pessoas rumo à inexorabilidade do fechar definitivo dos olhos. Diz Samuel que “A única coisa justa que existe no planeta é a morte. Todos morremos e vamos embora sozinhos e sem nada levar independente do que somos, temos e representamos. E mais, com você ou sem você tudo continuará do mesmo jeito. Vai anoitecer, amanhecer, as horas, os dias, as semanas, os meses e os anos continuarão passando e o mundo continuará a sua trajetória. Pense nisso e pelo sim, pelo não pratique o bem e haja sempre com justiça, discernimento, solidariedade e fraternidade.” É melhor do que ser lembrado por ser sacana, corrupto, egocêntrico, vaporizador da paz e um inconsequente voraz pronto a abater quem quer que se meta no seu caminho. Aquele mesmo caminho que o levará à sepultura, cova ou crematório. Pense nisso!

Eu sonhei um sonho

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Quem tem fé em Deus jamais se deixa abater. Quaisquer que sejam as circunstâncias. Pode até acontecer um fato que nos chateia pois envolve pessoas caras, como meu sobrinho que teve sua vida roubada por um insensato que recebe hoje toda a proteção do poder e da influência que seduz e corrompe. Isso confesso, me deixa triste com os valores, os reais valores que deveriam, imponentes, imperar sobre a sociedade, mas que são espezinhados por pseudos e efêmeros detentores do poder. Minha filha me fez ouvir uma música e traduzi-la. Segundo ela, retrata um pouco a sensação que sentimos após as barbaridades que, tomamos ciência, ocorrem na capital da república.

Susan Boyle
http://www.vagalume.com.br/susan-boyle/
i-dreamed-a-dream.html#ixzz2LekDmGUW
I dreamed a dream (Eu sonhei um sonho)
I dreamed a dream in time gone by / Eu sonhei um sonho de um tempo que passou
When hope was high and life worth living/ Quando a esperança era grande e a vida tinha valor
I dreamed that love would never die/ Eu sonhei que o amor nunca morreria
I dreamed that God would be forgiving/ Eu sonhei que Deus estaria perdoando

That I was young and unafraid/ Que eu era jovem e destemido,
When dreams were made and used and wasted/ Quando os sonhos eram feitos e usados e desperdiçados
There was no ransom to be payed/ Não houve resgate a ser pago,
No song unsung, no wine untasted/ Nenhuma canção cantada, nem vinho não provado

But the tigers come at night/ Mas os tigres vêm à noite,
With their voices soft as thunder/ Com suas vozes suaves como trovão,
As they tear your hope apart/ Como eles despedaçam sua esperança
As they turn your dreams to shame/ Como eles se transformam seus sonhos em vergonha

Still I dream he'll come to me/ Ainda eu sonho que ele vai vir até mim
That We will live the years together/ Que iremos viver os anos juntos,
But there are dreams that cannot be/ Mas há sonhos que não podem acontecer
And there are storms we cannot weather/ E há tempestades que não podem passar

I had a dream my life would be/ Eu tive um sonho que minha vida seria
So different from this hell I'm living/ Tão diferente deste inferno que estou vivendo
So different now from what it seemed/ Tão diferente agora do que parecia
Now life has killed the dream I dreamed/ Agora, a vida matou o sonho que eu sonhei

O caráter e o poder

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Tenho 59 anos. Vivi o bastante para testemunhar muita gente que "se achava" baixar sepultura. Mortinhos, mortinhos. Apodrecendo em ato contínuo ao passamento desta para pior. Reis, presidentes (de todos os poderes), ricaços, famosos, etc. não tiveram acrescentado um segundo sequer ao tempo de sua existência pelas prerrogativas do "poder" que acreditavam possuir. O problema maior dessa gente não é se achar. O mais grave são as demais pessoas se colocarem submissas ao insensato. As instituições foram criadas para a proteção do cidadão, seja rico ou pobre. Se houver uma inversão de valores, o problema não são as instituições, mas os temporais que ocupam de quando em quando os cargos por elas gerados. Vivemos em uma sociedade de inversão de valores, mas repito: a posição de subserviência é que possibilita o domínio dos déspotas. E contra esta atitude que precisamos em primeiro lugar nos ocupar. E salvaguardar as instituições criadas "lato sensu" para a proteção do cidadão.

O gato do rei

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Era uma vez um gato que pertencia a um rei muito poderoso. Ele corria o tempo todo atrás de um rato, em palácio. E para isso ganhava generosas porções do melhor queijo da corte. Essa era a função do gato: jogo de cena perante o rei. O rato não poderia ser pego. Se isso acontecesse não existiria mais motivo para ganhar o delicioso queijo, todos os dias. Vivemos em uma sociedade em que os gatos, generosamente agraciados não têm interesse em pegar os ratos. O que conta é o jogo de cena para serem "alimentados" com o mais delicioso queijo do reino, similar àquele que precisa apodrecer para ter valor. Mas, pera aí, quem gosta de queijo não são os ratos? Resposta: Do queijo do rei, até gato gosta.

Dois Brasis, a triste realidade de um povo

Sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013.
Relato de meu irmão, um cidadão brasileiro que perdeu seu filho num assassinato de trânsito e percebe que quando se fala em justiça e o tráfico de influência na capital da república o buraco é mais embaixo, bem embaixo...

Julgamento dos recursos pelo STJ

Acordei cedo nesta quinta-feira, 21 de fevereiro com o coração renovado de esperança, certo que tudo que fizemos não poderia ser reprovado, que todas as provas apresentadas eram inquestionáveis.
Os corpos de meu filho e de seu amigo, a embriaguez comprovada por exames, testemunhas e pelo próprio depoimento do réu, a velocidade comprovada pela perícia do Paraná em mais de 170 KM/H em uma via pública, a carteira cassada devido aos 130 pontos, decididamente NÃO são provas para quem está acima da lei.
Muito fácil de entender, a grande maioria do povo está abaixo da lei, mas há aqueles que estão acima.

Acompanhado de meu advogado, o Dr. Elias Mattar Assad, chegamos ao plenário do supremo um pouco antes das 14:00. Iniciado os julgamentos às 14:10 pautados para o dia, não conseguia controlar a ansiedade, a expectativa. Os primeiros casos a serem julgados eram pedidos de habeas corpus, advogados de dois empresários falidos acusados de descontar de seus funcionários o INSS e não recolhê-los e de um falsificador que ESTÃO PRESOS, pediam a diminuição da pena. O quarto processo pela ordem era o nosso.

O ministro relator Sebastião Reis Júnior, começou a ler os principais pontos do recurso do Ministério Público. Logo em seguida passou a palavra ao assistente da acusação o nosso advogado Elias Mattar Assad, e estranhamente alertou-o para que fosse breve. Inflamado o Dr. Elias resumiu em poucas palavras o seu discurso, ressaltando as provas de embriaguez, da velocidade e da carteira de motorista cassada, lembrando aos ministros da importancia do caso, um divisor de águas para crimes de trânsito.

Em seguida foi a vez do advogado de defesa contratado pela Família Carli que atua pelo escritório de Brasília do ex-ministro Nilson Naves, o Dr. Cesar Bittencourt falar.

Em seu pronunciamento acusou os novos juízes de incompetentes, despreparados, de desconhecer o significado de DOLO EVENTUAL, que o ex-deputado estaria sendo vítima da mídia e do povo do Paraná simplesmente por ser político e rico, que cometeu um crime comum de trânsito. Ouvindo atentamente as palavras do advogado, chamou-me a atenção o presidente da Sexta Turma o ministro Ogg Fernandes, que de forma insistente, balançava o seu rosto em sinal de APROVAÇÃO e ADMIRAÇÃO.

Terminado o seu discurso, Ogg Fernandes ofereceu caso o advogado de defesa desejasse, todo o tempo necessário. Não aceitando, o relator deu sequência aos trabalhos dizendo que o processo fôra prejudicado pela questão técnica do álcool, que deveria retornar para que fosse julgado novamente pelo TJPR.

Não entendi mais nada, termos jurídicos eram colocados alegando que o pocesso então chamado de Mona Lisa devido a presença de tão fortes provas, apresentava problemas que impediam a confirmação do Júri Popular.

Como pai de um dos jovens mortos, receber a notícia passados quatro anos, digerir que o processo terá que voltar ao TJ do Paraná, me fez refletir sobre o nosso país. Existem os que estão abaixo e os que estão acima da lei. Voltei ao dia 7 de maio de 2009, segundos antes da tragédia e entendi porque. Havia uma sombra que fazia sombra ao Passat do ex-deputado. Esta figura usando de sua influência por interesse pessoal, ajustou o processo dentro das brechas e entendimentos jurídicos.

O que se esconde atrás destas duas mortes?


Que força é esta capaz de chegar a Brasília e transformar a verdade em mentira e a mentira em verdade?

Para muitos, mais duas vítimas da violência do trânsito, tristezas que se somam a milhares de outras alimentadas pela impunidade de décadas e décadas em nosso país. Ouvi nesta última quarta de um grande amigo a informação que irá deixar o Brasil com sua família. A razão: a INJUSTIÇA. Que não suportaria viver com a dor da perda de um filho.

A violência está em toda parte e os responsáveis somos nós que aceitamos que professores sejam desvalorizados, que a educação seja tratada com desinteresse.


A omissão transformou este rico país, em um país pobre de esperança.

Gilmar Yared

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Morre o jornalista Mussa José Assis, aos 69 anos

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
Mussa estava internado na UTI do Hospital Cruz Vermelha
desde a terça-feira de carnaval, dia 12 de fevereiro
Meu amigo, o jornalista Mussa José Assis, ex-diretor de Redação dos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e do portal Paraná Online faleceu nesta quinta-feira (21), em Curitiba, aos 69 anos. A morte de Mussa foi em decorrência de complicações pulmonares, um enfisema. Ele estava internado na UTI do Hospital Cruz Vermelha desde 12 de fevereiro último. O velório do jornalista acontece na capela 3 do Cemitério Municipal de Curitiba. O colega Fábio Campana definiu bem o companheiro Mussa: " Seu conhecimento sobre jornalismo era incrível. Da redação às máquinas, dominava todo o processo. Foi responsável pela modernização do jornalismo nativo. Perda irreparável." Mussa também foi Secretário de Comunicação Social do governo do Paraná. Deixa a mulher, dona Guiomar, e os filhos Marcelo, Rodrigo, Fernanda, Érica, Cláudio e Chico Assis. Aos familiares do querido amigo meu profundo sentimento de pesar. Uma grande perda para todos e principalmente para o jornalismo paranaense no qual ele era ícone.

Fenomenal, aqui e lá tudo igual

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
Filho de Eike Batista atropelou um ciclista na BR-040, em março de 2012.
Justiça do Rio de Janeiro devolveu ao estudante o direito de dirigir
(Imagem Globo)
Não é só por aqui no Paraná que as coisas não andam. O filho de um dos homens mais ricos do mundo matou no trânsito e os promotores não conseguem fazer a coisa andar. Preste atenção na alegação aceita pelos julgadores (em nível superior) para retirar do processo o laudo da perícia que atestava que o acusado cometia sim crime de trânsito (excesso de velocidade). A informação é do G1/RJ
Laudo que indicava alta velocidade de Thor Batista é abolido pela Justiça
O laudo da perícia que atestava que o estudante Thor Batista estava em alta velocidade quando atropelou e matou um ciclista, em março de 2012, foi retirado do processo nesta quinta-feira (21), de acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A determinação é da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, como mostrou o RJTV. O laudo havia concluído que o filho do empresário Eike Batista dirigia a 135km/h, na Rodovia Washington Luis. O documento foi apresentado em uma audiência, em 13 dezembro do ano passado, por um perito do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE). Segundo a defesa do estudante, a prova é inválida porque já deveria constar no processo desde o início. Segundo o TJ, os desembargadores decidiram por dois votos a um sobre a suspensão do laudo.
Thor pode voltar a dirigir
Também foi revogada a medida cautelar que suspendia a carteira de habilitação de Thor. O estudante responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela morte de Wanderson Pereira de Souza, quando voltava para o Rio vindo da Região Serrana. Segundo o TJ, o desembargadores decidiram por dois votos a um sobre a suspensão do laudo. Ainda há possibilidade de recurso tanto para o Ministério Público quanto para a família do ciclista. (G1)

Dar sentido à vida

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
“Gradue a importância do amor tanto na necessária hora de
dar, quanto no fundamental momento de receber” JYF
Ninguém perde por dar amor. Perde aquele que mesmo ao receber não valoriza sua importância, a ponto de deixá-lo em plano secundário. Isso é grave. Podemos comprar muita coisa nesta vida. Bens que nos darão satisfações passageiras. Fique certo de que uma das coisas impossíveis de se comprar são a sinceridade e a autenticidade dos gestos de amor. Deixar em segundo plano o carinho e a atenção de uma amizade, por exemplo, poderá levar a pessoa ao ocaso de uma vida de grandes conquistas materiais, mas sucumbida pela falta de sentido e de sentimentos verdadeiros. Gradue a importância do amor tanto na necessária hora de dar, quanto no fundamental momento de receber.

O trâmite da prescrição

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2012.
Falaram-me e eu não acreditei. Apesar de tudo o que aconteceu nesses quase quatro anos do fato, continuo a achar que a culpa maior é do Direito Processual Penal brasileiro. O sistema está colocado e codificado. Cabe ao advogado, representante legal do acusado se utilizar das prerrogativas legais em defesa de seu cliente. É simples assim. Não importa o crime. Nesta etapa o que conta é o direito de defesa do criminoso, inocente até que se prove o contrário. O pior que desta vez o julgamento é suspenso por um recurso de ordem solicitado pela acusação e não pela defesa. Mas, a alegação de sempre se impõe: "Não é o Judiciário que faz as leis. Apenas a aplica!". E na verdade é bem por aí. As leis são criadas pelo Poder Legislativo para segurar a plebe. Funciona desse jeito desde os primeiros anos da civilização. Mas, o que fazer se não entregar a causa mais uma vez nas mãos de Deus. A Justiça Divina tarda, mas não falha, porque a humana retarda seu veredicto refém de um trâmite sobrecarregado de meios protelatórios rumo à prescrição.

Polícia identifica responsáveis mela morte do neurocirurgião Paulo Carboni Júnior

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
Binho, autor dos disparos 
A Polícia Civil identificou nesta quinta-feira (21) os três responsáveis pelo latrocínio do neurocirurgião Paulo Carboni Júnior, 54 anos, em Curitiba. De acordo com o delegado Amarildo José Antunes, da Delegacia de Furtos e Roubos, Carboni teria reagido ao assalto após um dos bandidos ameaçar cortar o cabelo da sua filha, sendo baleado na sequência. O caso aconteceu na noite da última terça-feira, no bairro Mossunguê. 
Nemo, comparsa de Binho
O autor do disparo, segundo a polícia, trata-se de Cléber Francisco Pereira Leite, 19 anos, conhecido Binho. Os outros dois envolvidos são Luiz Henrique Soares de Melo, de 21 anos, conhecido como Nemo, e um adolescente de 17 anos, que não teve as imagens divulgadas. Quem possuir qualquer informação sobre o paradeiro dos envolvidos pode entrar em contato com a DFR através do telefone (41) 3218-6100. (Banda B)

Julgamento de Carli Filho não acontecerá mais no dia 26 de março

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
Advogado criminalista Elias Mattar Assad, auxiliar da acusação
A decisão aconteceu por conta de um erro técnico, já que durante o processo um exame de alcoolemia não foi julgado no Estado do Paraná. De acordo com Elias Mattar Assad, advogado de acusação, o Tribunal de Justiça do Paraná terá que se manifestar sobre isto para que um novo julgamento seja marcado. Isto deve durar no mínimo seis meses.
Em entrevista à Rádio Banda B, Assad lamentou a decisão. “É uma questão formal que fez andar para trás o processo. Agora é só ajeitar isto para que um novo júri seja marcado. A previsão é de que em no mínimo seis meses tenhamos o julgamento”, descreveu Assad.
 “Não posso disser que estou frustrado, mas certamente houve um excesso de rigor por conta de uma formalidade. O processo anda para trás, mas é um pequeno detalhe que será solucionado com rapidez”, complementou

Direto de Brasilia: O empecilho ao trâmite

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
Recebo de meu irmão Gilmar, direto de Brasilia a seguinte informação:
"A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, acaba de julgar o caso do ex-deputado Carli Filho e dá provimento ao recurso da acusação, no sentido de devolver o processo para que o TJPR julgue uma matéria relativa ao exame de alcoolemia que, por erro procedimental não foi julgada no Estado do Paraná. O advogado Elias Mattar Assad declarou que com essa decisão saneadora do processo, o júri marcado para o dia 26/3/2013 foi SUSPENSO, isto é não poderá se realizar até que a matéria relativa ao exame de alcoolemia seja julgada novamente pelo TJPR. Isto deverá ocorrer até o mês de abril ou maio declarou Assad, sem poder prever nova data para julgamento pelo Tribunal do Júri."
Depois desta, vou dar uma caminhada para esfriar a cabeça e torcer para que ninguém alcoolizado, a mais de 190 km/h e com a carteira suspensa por excesso de velocidade me pegue na calçada. Se isto acontecer meus parentes e amigos chorarão meu infortúnio. E só!

A crítica é necessária

Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013.
"Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero."
(Pierre Beaumarchais /Autor de Teatro Francês) 
Hoje me sinto melhor do que fui ontem. A natural evolução do ser impõe responsabilidades. Deus me deu o dom da observação, do entendimento, da contextualização e da comunicação. Sei que não sou dono da verdade. O que exponho é aquilo que observo e interpreto segundo as prerrogativas que recebi como Graça. Estou sempre aberto às críticas. Elas, longe de contrariar aprofundam o pensar, dando-nos a oportunidade de aperfeiçoar conceitos e procedimentos. Nunca abra mão da crítica. Ela é necessária.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Amor, sublime amor

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
"O amor muitas vezes é um desafio quando tentamos traduzi-lo em palavras e 
isso se torna desnecessário quando uma imagem por si só se traduz em amor"
 Arnaldo Sousa
Não, nunca, jamais devemos nos envergonhar de assumir o que sentimos e muito menos de expressar principalmente às pessoas que mais amamos nesta vida. Nunca deixe para depois. Não corra o risco de não poder dizê-lo por algum infortúnio que possa vir a ocorrer. Não estamos imunes. Aliás, ninguém está. Se você está perto da pessoa que ama, olhe para ela e expresse seu sentimento. Há quanto tempo não tens feito? Deixo uma foto que tirei junto com minha esposa em frente ao Hotel Le Canard, em Lages, em setembro do ano passado. Hoje ao vê-la, lembrei dos momentos maravilhosos que passei por lá. E um deles, foi esse registrado quando recebi a visita de "meu amor". Deixo logo abaixo da foto uma mensagem de meu primo Arnaldo Sousa e compartilho com meus amigos. Espero que todos a recebam como eu a recebi e principalmente, a estendam em seus gestos.

O “Ser” elegante

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
É salutar não confundir elegância com educação embora, creio se completam. Há muitas pessoas educadas, porém com péssimo gosto para se vestir e outras ainda com postura corporal de assustar. Em contrapartida há muita gente que impressiona pela elegância, ao mesmo tempo em que choca pela petulância, arrogância e má educação. 
Ao enfatizar que “a verdadeira elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir”, Paul Valéry, filósofo, escritor e poeta francês da escola simbolista foi muito feliz ao defini-la. É bem por aí. Ao se colocar diante do espelho nunca se esqueça disso. A pessoa elegante é aquela que busca nas coisas um complemento harmônico das linhas de seu ser. Do corpo e do proceder. Não há como separar uma da outra. "No direito e no avesso, seja bela", como dizia Coco Chanel.Um dia me perguntaram se eu valorizava a elegância nas pessoas e minha resposta foi uma definição pontual que ouvi em um programa de rádio, ainda jovem, a gravei para toda a vida e tem sido sempre minha referência existencial: “A VERDADEIRA ELEGÂNCIA É O CARÁTER, POIS MOLDA A ESSÊNCIA DO SER!


Deixei de propósito aos meus amigos duas fotos de meu avô materno Mario Augusto de Sousa, natural de Portugal mas que adotou o Brasil como sua segunda pátria. Ele é minha referência sobre a definição de caráter que coloquei nesta postagem. Ele era sim, uma pessoa verdadeiramente elegante: no proceder, no falar e no trajar. Até quando se mantinha em silêncio a elegância se destacava. Quem o conheceu poderá atestar meu reconhecimento!

Desejos necessários?

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
Em uma sociedade consumista como a nossa, desde pequenos nos inserimos no contexto global: o desejo por coisas. Conforme crescemos, nossos desejos acompanham a mutação e se sofisticam. Até encarecem. Quantas vezes desejamos coisas ardorosamente e depois de possuí-las, até esquecemos que as tivemos. O tempo é cruel com nossos desejos. Se satisfeitos, os esquecemos, porém se não, nos percebem como pesadelos. A questão é a resposta de uma pergunta que geralmente não fazemos a nós mesmos: precisamos verdadeiramente daquilo que desejamos? E mais: os merecemos? Convido você a refletir um pouco sobre essas duas questões. E depois, comece a se questionar toda vez que surgir (e vão surgir) desejos de ter isso ou aquilo. E, se concretamente, pelo histórico consumista volúvel, os merecem. Você vai se surpreender com a conclusão. Mas, afinal, o comércio e a indústria precisam girar sua roda para garantir o emprego de milhões de trabalhadores. É o tal "círculo virtuoso da economia”. Enquanto satisfaz a ânsia de consumo gera emprego e sustenta milhões de trabalhadores e seus familiares. Mas, a que custo?

Confira retrato falado do suspeito de atirar contra ex-prefeito Saul Raiz

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
Retrato falado do suspeito de atirar contra ex-prefeito de Curitiba Saul Raiz

A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) divulgou o retrato falado de um dos homens acusados de atirar contra o ex-prefeito de Curitiba Saul Raiz (83), no último sábado. A imagem mostra um homem magro, medindo cerca de 1,70 metro, com aproximadamente 18 anos, pele branca e cabelo castanho ondulado. Quem tiver qualquer informação sobre o suspeito pode repassar à delegacia pelo telefone (41) 3314-6400.

Fé é preciso

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
Quando vejo a injustiça no mundo dos homens;
O fraco sendo espezinhado, humilhado, explorado;
O poder econômico se sobrepor à justiça e jogar o princípio de isonomia no lixo;
Quantidades incalculáveis de alimento sendo lançadas no lixo enquanto milhões morrem de fome;
Quando leio notícia de um pai de família assassinado na frente da esposa e dos filhos dentro do aconchego do lar;
Quando vejo que dois jovens foram mortos, apanhados a 190 km/h por motorista infrator há quatro anos e a Justiça ainda não feita;
A prática da eutanásia na UTI de Hospitais criados para salvaguardar a vida;
Quando vejo que um senhor de 83 anos, baleado por duas vezes em assalto e como se não bastasse tem negado assistência em casa hospitalar;
Quando percebo que a violência, a insensatez e a covardia das ações são praticadas pelos da mesma espécie, dobro os joelhos e peço a Deus misericórdia. Não é este o propósito da existência humana. É preciso muita fé e muita coragem para se sobrepor à chaga que o mal permeia. Sim, é preciso muita fé. Que Deus nos abençoe, pois precisamos de Sua Luz diante da escuridão do desamor que insiste em se manifestar nas relações humanas.

Morre neurocirurgião Paulo Carboni Junior, assassinado durante assalto, em Curitiba

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
Médico neurocirurgião Paulo Carboni Junior atuava na área 
de pediatria no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba
Ocorrência trágica que choca a sociedade curitibana. A violência atinge um médico conhecido, respeitado e querido. Uma morte estúpida quão estúpida é a violência. Trata-se do neurocirurgião Paulo Carboni Junior. Ele e sua família foram surpreendidos por três homens armados, que entraram na casa deles para efetuar um roubo na noite desta terça-feira (19), no bairro Mossunguê, em Curitiba. O crime ocorreu na Rua José Martins, por volta das 21 horas. De acordo com o setor de investigação da Delegacia de Furtos e Roubos, até o momento o crime é tratado como latrocínio – roubo seguido de morte. Os autores ainda identificados, atiraram em Carboni antes de fugir, segundo ainda  a Polícia Militar.
Socorro em vão
Após os disparos, a esposa de Carboni, que também é médica socorreu o marido. Ela levou o neurocirurgião até o Centro Municipal de Urgências Médicas do Campo Comprido (unidade 24 horas), mas  ele não resistiu e chegou sem vida ao CMUM.
Trajetória profissional
Carboni se formou em 1982 e fez residência médica na Santa Casa de Curitiba. Em seguida, o médico fez uma especialização na Inglaterra e em 1986 começou a trabalhar nos hospitais Pequeno Príncipe e Cajuru. Nas últimas duas décadas, se dedicou exclusivamente à área pediátrica. O médico era casado com a hematologista e oncologista Edna Carboni, que também atua no Pequeno Príncipe. Paulo Carboni deixa um filho e uma filha.
Velório
O corpo de Paulo Carboni Junior é velado na Capela Vaticano - Esmeralda, na Rua Desembargador Hugo Simas, número 26, esquina com a Rua Albino Silva, bairro Alto São Francisco, próximo ao Cemitério Municipal. Às 18 horas, o corpo será cremado no Crematório Vaticano, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, em uma cerimônia reservada aos familiares. (Gazeta do Povo)

Um sonho de lugar

Quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013.
“O importante não são os lugares, mas sim
as pessoas com quem os compartilhamos”
Há lugares belos, desejados e imaginados. As imagens desses lugares podem estar em nossa memória por tê-los visto ou visitado, ou na nossa imaginação quando nos deparamos com fotos de belos e inesquecíveis lugares que encontramos e os revivemos, mesmo que por acaso. O certo é que mesmo nos lugares cuja imaginação nos levam a acreditar no paraíso de tão belos que são, não seremos tão felizes quanto naqueles em que convivemos com as pessoas que amamos, que gostamos. Há que se entender que as pessoas, mais que os lugares é que nos tocam, nos impactam. Li, não me recordo o autor da frase, mas, é interessante mencionar de que “As pessoas que passam por nossas vidas nunca vão sozinhas. Elas deixam um pouco de si e levam um pouco de nós.” E é verdade. Quando se está com a pessoa a quem amamos, não importa onde, a sensação de felicidade extrapola a imaginação e nos trás a realidade de que são elas, as pessoas e não os lugares, que nos fazem verdadeiramente felizes ou infelizes. Antes de sonhar com belos lugares, devemos nos preocupar primeiro com quem se percorre o trajeto até chegar a eles.




Morrer aos poucos


CARLOS ALEXANDRE AZEVEDO (1972-2013)

Morrer aos poucos
Por Luciano Martins Costa, do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
O técnico de computadores Carlos Alexandre Azevedo morreu no sábado (16/2), após ingerir uma quantidade excessiva de medicamentos.
Ele sofria de depressão e apresentava quadro crônico de fobia social.
Era filho do jornalista e doutor em Ciências Políticas Dermi Azevedo, que foi, entre outras atividades, repórter da Folha de S. Paulo.
Ao 40 anos, Carlos Azevedo pôs fim a uma vida atormentada, dois meses após seu pai ter publicado um livro de memórias no qual relata sua participação na resistência contra a ditadura militar.
“Travessias torturadas” é o título do livro, e bem poderia ser também o título de um desses obituários em estilo literário que a Folha de S.Paulo costuma publicar.
Carlos Alexandre Azevedo foi provavelmente a vítima mais jovem a ser submetida a violência por parte dos agentes da ditadura.
Ele tinha apenas um ano e oito meses quando foi arrancado de sua casa e torturado na sede do Dops paulista.
Foi submetido a choques elétricos e outros sofrimentos.
Seus pais, Dermi e a pedagoga Darcy Andozia Azevedo, eram acusados de dar guarida a militantes de esquerda, principalmente aos integrantes da ala progressista da igreja católica.
Dermi já estava preso na madrugada do dia 14 de janeiro de 1974, quando a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury chegou à casa onde Darcy estava abrigada, em São Bernardo do Campo, levando o bebê, que havia sido retirado da residência da família.
Ela havia saído em busca de ajuda para libertar o marido.
Os policiais derrubaram a porta e um deles, irritado com o choro do menino, que ainda não havia sido alimentado, atirou-o ao chão, provocando ferimentos em sua cabeça.
Com a prisão de Darcy, também o bebê foi levado ao Dops, onde chegou a ser torturado com pancadas e choques elétricos.
Depois de ganhar a liberdade, a família mudou várias vezes de cidade, em busca de um recomeço.
Dermi e Darcy conseguiram retomar a vida e tiveram outros três filhos, mas Carlos Alexandre nunca se recuperou.
Aos 37 anos, teve reconhecida sua condição de vítima da ditadura e recebeu uma indenização, mas nunca pôde trabalhar regularmente.
Aprendeu a lidar com computadores, mas vivia atormentado pelo trauma. Ainda menino, segundo relato da família, sofria alucinações nas quais ouvia o som dos trens que trafegavam na linha ferroviária atrás da sede do Dops.
Para não esquecer
O jornalista Dermi Azevedo poderia ser lembrado pelas redações dos jornais no meio das especulações sobre a renúncia do papa Bento 16.
Ele é especialista em Relações Internacionais, autor de um estudo sobre a política externa do Vaticano, e doutor em Ciência Política com uma tese sobre igreja e democracia.
Poderia também ser uma fonte para a imprensa sobre a questão dos direitos humanos, à qual se dedicou durante quase toda sua vida, tendo atuado em entidades civis e organismos oficiais.
Mas seu testemunho como vítima da violência do Estado autoritário é a história que precisa ser contada, principalmente quando a falta de memória da sociedade brasileira estimula um grupo de jovens a recriar a Arena, o arremedo de partido político com o qual a ditadura tentou se legitimar.
A morte de Carlos Alexandre é a coroa de espinhos numa vida de dores insuperáveis, e talvez a imposição de tortura a um bebê tenha sido o ponto mais degradante no histórico de crimes dos agentes do Dops.
A imprensa não costuma dar divulgação a casos de suicídio, por uma série controversa de motivos.
No entanto, a morte de Carlos Alexandre Azevedo suplanta todos esses argumentos.
Os amigos, conhecidos e ex-colegas de Dermi Azevedo foram informados da morte de seu filho pelas redes sociais, por meio de uma nota na qual o jornalista expressa como pode sua dor.
A imprensa poderia lhe fazer alguma justiça.
Por exemplo, identificando os integrantes da equipe que na noite de 13 de janeiro de 1974 saiu à caça da família Azevedo.
Contar que Dermi, Darcy e seu filho foram presos porque os agentes encontraram em sua casa um livro intitulado “Educação moral e cívica e escalada fascista no Brasil”, coordenado pela educadora Maria Nilde Mascellani.
Era um estudo encomendado pelo Conselho Mundial de Igrejas.
Contando histórias como essa, a imprensa poderia oferecer um pouco de luz para os alienados que ainda usam as redes sociais para pedir a volta da ditadura.

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