Segunda-feira, 19 de
fevereiro de 2013.
Mudanças drásticas em uma sociedade, a história mostra, só com revolução.
Revolução ideológica e filosófica. Desde criança ouço os políticos quando em
campanha usarem o discurso de “priorizar a educação”, em suas gestões. Já é até
constitucional delimitar o comprometimento do orçamento para a área. Mas,
então, o que é que acontece que a educação pública neste país está sempre atrás
do ideal para a formação do conjunto da sociedade, ricos e pobres, de forma equânime? Tenta-se de tudo, mas nunca se chega ao ideal. O sistema de quotas para as
universidades públicas, os investimentos que possibilitam alunos pobres de
ingressarem em faculdades e universidades privadas (PROUNI, SISU, ENEM),
construções e manutenções de prédios escolares, em todos os níveis,
investimentos em livros, laboratórios, merenda, transporte e demais equipamentos
escolares são ações que parecem ideais,
mas nunca suficientes para dotar o sistema de ensino da eficácia necessária
para atender a demanda. Principalmente quando se busca a qualidade do ensino,
privilégio de poucos e geralmente privados. Penso que o princípio para a
solução passa pela descentralização do sistema. Para isso necessária é a tal da
Reforma Tributária.
Desembargador Elpídio Donizetti, Tribunal de Justiça de Minas Gerais |
O fortalecimento econômico e financeiro dos estados e dos municípios
só ocorrerá com a reforma da política de arrecadação e distribuição dos
recursos. A melhor remuneração dos professores, mais do que uma luta dos
sindicatos da categoria deverá ser uma imposição da sociedade. O sistema
político atual parece ideal, mas na prática existe para a proteção do capital.
Falta ideologia, comprometimento e conscientização filosófica. O cidadão
idealista é engolido pelo sistema que se apresenta engessado pela corrupção e por
leis direcionadas a proteger o interesse do capital, não da sociedade. O
desembargador mineiro Elpídio Donizetti
disse no Fórum Social da Rádio e Televisão Paraná Educativa que se o cidadão
soubesse como se faz salsicha e como se fazem as leis, não comeria a primeira
nem obedeceria a segunda.
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