Quinta-feira, 07 de
maio de 2015.
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Centro Cívico - 29 de abril de 2015 (Foto: Giuliano Gomes/Agência PRPRESS) |
Quando a raça humana começou a se organizar mandava
o mais forte. E assim permanecia até que aparecesse outro que numa disputa de
forças, vencia o então líder e assim o poder era exercido e se renovava. Até
que apareceu um com mais inteligência e durante o período em que era o mais
forte ia escolhendo a dedo aqueles que embora menos fortes que ele eram também
respeitados pela sua força. Juntos eram imbatíveis. A esses, o líder tratava
com mais atenção e dava a cada um deles uma porção especial de tudo o que era
arrecadado junto aos subalternos que a eles se submetiam, pois se sentiam
protegidos em caso de algum combate com tribos adversárias. A partir de então
cabia ao chefe manter esse grupo motivado em torno da sua liderança, mesmo após
suas forças diminuírem. Desta forma ele mantinha o poder até o momento em que
era obrigado, pela idade avançada a escolher o seu sucessor, geralmente alguém
próximo, de confiança e tão forte quanto ele era e com a mesma aptidão de
liderança. As sociedades humanas evoluíram com o passar dos séculos. Hoje o que
vemos é algo parecido com aquela formação original, que de forma inteligente
tinha sido idealizada pelo primeiro líder que conseguiu se manter no poder,
mesmo após sentir que suas forças físicas já não lhe garantiam supremacia num
embate. A força física passou então a ser dominada pela inteligência e capacidade
de liderança do mais fraco sobre os mais fortes fisicamente. Esse exército que
servia ao líder tradicionalmente não questionava as ordens recebidas. Sua
principal missão era proteger “o capital” arrecadado junto aos demais e que, ao
final das contas, representavam a segurança sua e a de seus dependentes
diretos. A manutenção do líder e a obediência às suas ordens representavam a
garantia de segurança do pequeno grupo diante da maioria submissa. A
insubordinação era considerada falta gravíssima cuja pena alijava o (s)
insubordinado (s) do grupo para garantir o controle do líder sobre o mesmo e
sobre cada um de seus integrantes em particular. Ao controlar o grupo impõe-se
o controle sobre todos os outros do agrupamento social. Por bem ou sob a força.
A hierarquia de comando foi institucionalizada para o exercício deste controle
interno e externo.
Hoje acontece a mesma coisa. As polícias nada mais
são do que esse agrupamento de pessoas que dá segurança ao poder instituído e
ao capital que mantém esse poder e eles mesmos. Usam-se outras palavras e
outras denominações, mas no fundo é a mesma coisa. O poder de polícia é
submisso às ordens emanadas do líder que tem por princípio a busca do capital e
de sua proteção, a qualquer custo, para dar sustentação ao seu comando.
Depois deste breve
relato eu pergunto:
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Violenta repressão aos professores. Quem deu a ordem? |
- Quem é que aqui no Paraná “executa” esse comando?
- Quem é o líder que estabelece as estratégias de
ação em busca do capital para proteger o exercício de seu comando?
- De quem e/ou de onde partiu o projeto enviado à
Assembléia para ser votado?
- Depois do que aconteceu em fevereiro, quem é que
tinha o maior interesse de blindar os deputados para ver seu projeto aprovado?
- Depois de aprovado, quem é que o assinou?
- Depois de assinado e, após o período necessário
para entrar em vigor quem mais vai se beneficiar?
- Quem então é o maior responsável, direta e/ou
indiretamente por tudo o que aconteceu no Centro Cívico, em Curitiba, no dia 29
de abril?
Respondam para si
mesmos, pois a resposta eu já sei. JoYa