Domingo, 27 de janeiro de
2013.
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Danceteria Kiss, Santa Maria, RS, palco da tragédia
(Foto de Tarsila
Pereira/Correio do Povo/RS
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É inadmissível autorizar funcionamento de uma boate nas condições da
Danceteria KISS, palco da maior tragédia de todos os tempos em uma danceteria
brasileira. Conforme foi informado a KISS tinha apenas uma entrada/saída e
chegava a receber trezentas pessoas em um evento. Para especialistas tratava-se
de uma bomba sempre pronta para explodir. O tipo da tragédia oficializada pelo
descaso daqueles que são pagos para impedir esse tipo de insensatez. Que este
triste exemplo faça com que os demais estabelecimentos do gênero sejam
rigorosamente inspecionados e só liberados após oferecem sistemas seguros de
escoamento em caso de incêndio ou qualquer problema que imponha perigo aos frequentadores.
ÚLTIMA NOTÍCIA: Plano de
prevenção de incêndios de boate em SM estava vencido (Correio do Povo/RS)
Cenário da tragédia que causou pelo menos 248 mortes em Santa Maria, RS, neste domingo, a
danceteria Kiss estava com o Plano de Prevenção contra Incêndios vencido desde
agosto do ano passado. De acordo com os bombeiros, o funcionamento do local
estava regularizado, já que a avaliação de novo plano de prevenção foi
solicitada, sendo normal permitir a abertura enquanto se aguarda nova perícia. Segundo
o Corpo de Bombeiros do município, contudo, os extintores não estavam funcionando e havia apenas uma saída para os
frequentadores - a porta principal. “Falharam os extintores. Os primeiros que
eram para funcionar, falharam. Aí até buscarem os outros, já era tarde",
lamentou o bombeiro Rodrigo Rosa, que trabalhou na tragédia. Segundo
testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes de uma banda que
acabara de subir ao palco lançou um sinalizador. O comandante do Corpo de
Bombeiros, Coronel Guido Pedroso de Melo, afirmou que o objeto teria encostado em
uma forração de isopor. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas
assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram
que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de
bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem. Em
pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e
correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída,
ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi
tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. De
acordo com o Corpo de Bombeiros, a maioria morreu asfixiada dentro dos
banheiros ou na parte dos fundos da boate. Os próprios socorristas passaram mal
em razão da fuligem. Muita gente que conseguiu escapar voltou para ajudar os
outros, como o dentista Matheus Bortolotto. (Correio do Povo)