Quinta-feira, 07 de
maio de 2015.
As mães das vítimas entendem que tão dolorida quanto a perda de seus filhos tem sido a sensação de impunidade que leva o caso a seis anos sem que sequer o julgamento tenha sido marcado |
Há seis anos, no dia 7 de maio de 2009 meu sobrinho
Gilmar Rafael Souza Yared e seu amigo Carlos Murilo morreram numa ocorrência de
trânsito onde se envolveu o então deputado Fernando Ribas Carli Filho que
dirigia em alta velocidade (mais de 167 km/h) em um trecho urbano de Curitiba
onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h. Com carteira de habilitação
suspensa exatamente por excesso de velocidade e depois de ter sido visto
embriagado ainda naquela noite em um restaurante da capital (agravantes), o
personagem ainda nem foi a julgamento, após seis anos. Não há outra explicação: O
conluio
entre os poderes (com interesses notadamente políticos e financeiros)
está por trás da morosidade da resposta penal. Um processo criminal deve seguir
seu trâmite, segundo as regras estabelecidas no Código Processual Penal
Brasileiro. Quem conhece todas as medidas estabelecidas para seu livre trâmite,
também conhece como fazer para deixá-lo lento em sua execução. Tudo dentro da
lei. O absurdo é que seis anos se passaram e o caso ainda nem data para
julgamento tem, devido às questões de ordem levantadas pela eficiente defesa do
acusado. A cada ano que passa fica em nós, parentes de uma das vítimas o
entendimento de que tão dolorida quando a sua perda tem sido a sensação de
injustiça, um sentimento cruel e inenarrável. Será que viveremos para
testemunhar um dia a Justiça ser igual para todos nesse país? JoYa
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