Segunda-feira, 25 de março de
2013.
Ministro do Trabalho diz ao governador Colombo que capacitação profissional será sua prioridade. Basta? (Foto Neiva Daltrozo/Divulgação) |
Li no Diário Catarinense hoje que o atual ministro do trabalho, Manoel
Dias, em visita ao governador lageano Raimundo Colombo afirmou que até o final
do ano sua pasta pretende somar dois milhões de novos postos de trabalho no
país. O desafio, segundo o ministro é que esses postos, assim como milhares de
outros abertos atualmente, sejam preenchidos por profissionais capacitados.
* Pois então, o discurso é antigo. Não é de hoje que os gestores tanto no
ministério quanto nas secretarias estaduais e municipais entendem que a geração
de emprego e a capacitação de trabalhadores devem ser prioridades. Mas uma
coisa não pode vir sem a outra. O que mais se vê é milhares de cursos de
capacitação, sem que haja posterior colocação
no mercado de trabalho. O que era para estimular acaba por frustrar o
trabalhador que vê todo um esforço não potencializar seu salário. Penso que o
desafio dos gestores, em todos os níveis da administração pública é oferecer à
sociedade uma oferta paralela de capacitação seguida de emprego. Aí é que o
desafio se apresenta. Não cabe apenas ao ministro do trabalho impor esta
expectativa à população, mas toda uma conjectura de governo que passe pelo comprometimento
amplo das pastas de gestão. Os prefeitos correm e fazem o que podem para levar
novas indústrias para seus municípios e quando conseguem são obrigados a
aceitar uma política de isenção de impostos amplamente prejudicial e injusta. O
que parece alvissareiro a princípio transforma-se em um tremendo tiro no pé em
longo prazo. Mas, não vejo solução sem o aquecimento da economia e uma política
pés no chão, sem gerar falsas expectativas à população. Enquanto o país não
assumir a necessária reforma fiscal e políticas de fomento à iniciativa privada
haverá sempre uma dificuldade estrutural para concretizar o sonho de ações
paralelas de capacitação e oferta de emprego.
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