O que levamos dessa vida?

Segunda-feira, 07 de abril de 2014.

Não tem como não pensar no que ocorreu com o conhecido e respeitado ator e diretor José Wilker, homenageado hoje pela Rede Globo com um filme inédito sobre um de seus personagens. Filme aliás que ele mesmo dirigiu. Wilker desempenhou todas as suas funções e responsabilidades profissionais na sexta-feira. Trabalhou até por volta das 22:30, quando foi com sua companheira a um restaurante. Pediu seu prato preferido e jantou no balcão mesmo (foto). Depois foram para a residência dela, onde adormeceu.

Um homem cheio de projetos e responsabilidades. Ao sair de seu trabalho naquela noite se despediu dos colegas, pois pretendia viajar no atendimento a sua agitada agenda. No restaurante também se despediu das pessoas com quem costumeiramente conversava, pois era um cliente assíduo. Mal imaginava que estava saboreando sua última refeição e que na verdade estava se despedindo definitivamente de colegas e amigos. Ao deitar e dizer boa noite para a companheira, também não imaginava ser seu último, pois não acordou mais. Penso que a vida é assim mesmo. Para todos. Conscientemente não interferimos na vinda, nem tampouco imaginamos quando e como vamos partir. Qualquer um de nós. Neste momento mesmo, por exemplo, quem nos garante que acordaremos amanhã, ou que estaremos vivos a esta mesma hora? Por isso que li esta mensagem que coloco junto a este conteúdo, pois entendo que merece uma boa reflexão. O que se leva verdadeiramente desta vida senão a vida que levamos? Soube agora, depois de sua morte que Wiker era uma pessoa dinâmica, inteligente, ativa, exigente, extremamente profissional, porém de uma gentileza pontual. Era muito simples e sensível. Cativava quem quer que com ele se relacionasse. Hoje, este fantástico ator e diretor será lembrado também por sua obra, mas principalmente pelo bom caráter que tinha. Eis seu maior legado. Que seja uma referência, um exemplo para todos aqueles que por "se acharem" ainda não se encontraram nesta vida. JoYa

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