Terça-feira, 09 de setembro de 2014.
A sensação de impunidade tem sido a principal causa de tragédias no trânsito. A lei existe, mas qual a razão de quase ninguém respeitá-la? Penso ser também por conta de casos como o de Carli Filho, que foi exposto na mídia há mais de cinco anos e ainda não julgado é que fazem com que milhões de pessoas passem a não acreditar em punição. Hoje tomei conhecimento de mais duas ocorrências protagonizadas por motoristas embriagados. Uma delas vitimou David José dos Santos, de um ano e seis meses, que brincava com a tia e a avó na calçada. O vizinho Valdeni Moreira dos Santos, de 54 anos, embriagado a atropelou e tentou fugir. Foi preso e o exame de dosagem alcoólica apontou que estava com 1,03 mg/l de álcool no sangue. A criança, residente em Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba, não resistiu e morreu no Hospital Cajuru. O clima em Itaperuçu é de comoção pela morte de David.
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Pedreiro é socorrido com ferimentos nas pernas
(Crédito: Bruno Henrique – Banda B) |
A outra ocorrência envolveu o pedreiro Geremias Rodrigues, de 55 anos (foto). Ele também foi atropelado por um vizinho alcoolizado, na noite desta segunda-feira (8), na Rua Vicente José Palazzio, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Segundo o Corpo de Bombeiros (CB), o pedreiro estava na calçada quando foi atingido pelo carro do vizinho, um Pampa. Ele sofreu ferimentos nas pernas, após ficar prensado contra o muro. Foi também encaminhado ao Hospital Cajuru.
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As mães choram a morte de seus filhos Carlos Murilo e Gilmar Rafael e até hoje esperam, em vão pela manifestação da justiça |
Já o motorista embriagado foi levado à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). Todo mundo sabe, percebe e não pode fazer nada contra a atitude irresponsável de parentes e amigos que ingerem bebida alcoólica, em flagrante desrespeito à lei, e saem dirigindo normalmente seus veículos como se nada de grave estivessem fazendo. Há mais de cinco anos que o ex-deputado Carli Filho, embriagado, com CNH suspensa e em alta velocidade se envolveu em uma colisão traseira que matou meu sobrinho Gilmar Rafael Yared e seu colega Carlos Murilo e o caso nem foi a julgamento ainda. Testemunhamos no dia a dia, uma verdadeira tragédia social cuja solução passa também pela efetiva e rápida punição a quem comete esse tipo de delito. Enquanto isso, a sensação de impunidade continuará a matar e enlutar as famílias brasileiras. Até quando? JoYa
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