Terça-feira, 30 de
setembro de 2014.
"A educação impõe limites à criança, uma primeira experiência com o ato da censura sobre suas ações" |
Acostumamo-nos a ser censurados durante nossa
criação. Geralmente pais, responsáveis e até professores se utilizam desta
prerrogativa quando as crianças passam dos limites impostos pelas regras
estabelecidas e consagradas pelos costumes e educação sociais. Quando na idade
adulta, já criados, entendemos que a censura é válida, embora tenha que se dar
limite ao ato do censor, para que a admoestação não se transforme em opressão.
O excesso de censura tolhe direitos inalienáveis e inquestionáveis do ser
humano e quando isto acontece geralmente há revolta e cedo ou tarde uma contra
reação, geralmente violenta e avassaladora. O ser humano não nasceu para viver
em situação de prisão e a censura descabida é a pior das prisões, pois limita a
realização do pensamento, o desejo da manifestação, a consagração de uma ideia.
A ação do censor, portanto se multiplica diante da responsabilidade da
harmonização social, onde o princípio de isonomia deve ser consagrado como
fonte inspiradora a qualquer decisão. O difícil é encontrar censores que
estejam isentos da pressão do poder político e econômico que lhes impõe uma
quebra do princípio que pontua a igualdade de todos perante a lei e da lei
perante todos. Uma sociedade jamais será justa se a grande maioria de seu povo
não tiver acesso aos mesmos direitos da minoria que a controla e que porventura
se utilize da prática desproporcional da censura para oprimi-la. JoYa
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