sábado, 4 de julho de 2015

É preciso mais do que indignação

Sábado, 04 de julho de 2015.
Jorge Yared
Como não repercutir esta posição do jornalista Neto Rodrigues. Os professores foram bombardeados, agredidos, violentados em seus direitos e até agora nada foi feito contra os agressores covardes e déspotas que deram ordens para que tal operação fosse realizada. Agora percebam que se fossem animais que tivessem recebido o mesmo tratamento já teriam sido enquadrados e punidos. Um absurdo sem tamanho. Não é possível que a sociedade brasileira e notadamente a paranaenses não tenha produzido gente capaz de não só se indignar, mas aplicar a lei e a justiça nesta caso que fere a Constituição Brasileira, os Direitos Humanos e o bom senso. Pessoas do povo, profissionais da educação, funcionários públicos são violentamente agredidos por quem é pago para defendê-los e tudo fica por isso mesmo? Uma situação nunca antes vista na história deste Estado. Uma vergonha! JoYa
Neto Rodrigues
Lei de proteção aos animais 
O caso do massacre aos professores é algo tão grave e desumano que a cada passo das investigações sobre o 29 de abril fico mais escandalizado. O Jornal Gazeta do Povo trouxe a informação de que os policiais que partiticiparam da barbárie foram aplaudidos e recebidos com festa pelo primeiro escalão de Beto Richa. O noticiário revelou ainda que o Ministério Público tem provas reais de que Beto comandou do Chapéu Pensador toda a ação e que é o principal responsável pelo massacre.
Do terceiro andar do Palácio, Eduardo Sciarra (Casa Civil) e Deonilson Roldo (chefe de gabinete) acompanhados de outros membros do governo se divertiam com o espancamento em Praça Pública.
Diante de tão escabroso relato, me resta tomar emprestado o pedido de Heráclito Sobral, nobre advogado que invocou a lei de proteção aos animais, ao Supremo Tribunal Militar, em 1935 durante o levante comunista , para que Luiz Carlos Prestes e o Alemão Harry Berger, presos políticos, fossem tratados pelo menos com o respeito dado a um animal. Peço a justiça e a sociedade paranaense que tapa os olhos para o caso que aplique a lei de proteção aos animais, que proíbe qualquer forma de agressão e mau trato, tendo como a cadeia uma das punições cabiveis ao criminoso. Na falta da justiça comum, do bom senso e do caráter dos agentes da lei, peço encarecidamente que considerem que o tratamento dado aos professores não se dá nem a um animal, quem dirá a um cidadão de bem e que educa crianças e jovens.


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