Domingo, 22 de
novembro de 2015.
“Concordo, porém prefiro
analogicamente esclarecer que para mim, obsceno
também seja afastar o amor do
sexo. Quem assim procede, cedo ou tarde, ou
perece de sede ou sucumbe
pela fome” JoYa
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Penso que o assunto sexo é polêmico e conceitos,
preceitos e preconceitos são determinantes segundo costumes, épocas e
sociedades. Fui educado segundo os costumes cristãos e inserido em uma
sociedade ocidental, mais liberal do que a oriental. Conforme o tempo foi
oportunizando a experiência vivencial passei a entender o assunto dentro dos
limites do bom senso e do respeito não só pela outra parte, mas essencialmente
por mim mesmo. Hoje só aceito uma relação sexual sustentada no sentimento de
amor. Entendo que fisiologicamente a atração sexual seja normal, sem o referido
sentimento, mas ela se completa se as partes desenvolverem algo mais do que só
o gozo físico. A parceria, o respeito, o carinho, o comprometimento e a
fidelidade são fatores determinantes à transformação da atração física
(importante para uma relação) em um sentimento mais completo e envolventemente
gerador da felicidade, qual seja, o amor. Em um mundo de relações cada vez mais
superficiais, quem perde com isso é o próprio ser humano, social por natureza,
mas irremediavelmente refém da confusão de valores neste assunto. O poeta
português José Saramago entendia que obscena não é a pornografia e sim a fome.
Concordo, porém prefiro analogicamente esclarecer que para mim, obsceno também
seja afastar o amor do sexo. Quem assim procede, cedo ou tarde, ou perece de
sede ou sucumbe pela fome. Não há como negar: Somos sedentos de carinho e
famintos de amor, daí o conselho para que não procuremos matar a sede, muito menos a
fome ao tentar encontrar nas relações superficiais a satisfação dessas necessidades. Caso assim procedamos, estaremos à mercê de algo terrível chamado solidão. JoYa
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