Segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012.
Intervenção de soldados do Exército, medida paliativa e que não resolve a questão de forma ideal e definitiva (Foto Carla Ornelas) |
Notícia que motivou o comentário:
Greve da PM gera crise na Bahia e deixa saldo de 94 mortos
A duas semanas do carnaval, a Bahia sofreu nesta segunda-feira (6) pelo sexto dia seguido uma crise gerada pela greve de policiais militares que tem sido marcada por um grande número de homicídios no período, 94 desde a última terça-feira. Mais de 3 mil tropas federais foram mobilizadas para tentar sufocar o protesto e garantir a segurança da população e dos milhares de turistas esperados para passar o carnaval no estado. Os grevistas ocuparam a sede da Assembleia Legislativa e o local foi cercado por 1.000 homens do Exército, que entraram em confronto com manifestantes que tentaram entrar no local nesta segunda. Membros das Forças Armadas usaram balas de borracha e bombas de gás para dispersar os manifestantes, que queriam se juntar a cerca de 200 policiais militares e seus familiares que ocuparam a assembléia estadual. O governo do estado diz que está negociando com os grevistas, que, liderados pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), pedem reajuste salarial, aumento das gratificações e anistia aos participantes da paralisação. A greve, de acordo com estimativas da Polícia Militar do estado, atingiu cerca de 20 por cento da força de 31 mil homens. Segundo o secretário, a administração do governador Jacques Wagner (PT) já ofereceu reajuste salarial de 6,5 por cento retroativo a 1o de janeiro e está aberta a negociar as gratificações. Uma anistia, no entanto, está descartada. O governo argumenta que, como a Justiça da Bahia emitiu 12 mandatos de prisão contra líderes do movimento, Wagner não tem como anistiar os grevistas.
Turismo
A crise na segurança do estado ameaça prejudicar o setor turístico antes do carnaval. O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta a seus cidadãos em que os aconselha a reconsiderarem quaisquer viagens não-essenciais ao Estado até que a situação de segurança se estabilize. (Agencia Estado)
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