Quarta-feira, 02 de maio de
2012.
Buracão ou fornão, o fim é o mesmo |
Aqueles que se assustam estão a preferir o fornão. Mas é tudo a mesma coisa: o
fim inexorável da carne. “Veio do pó, ao pó retornarás.” Quanto mais
materialista, mais a pessoa tem medo da morte.
Prefere nem pensar nela. Aliás, é mais fácil viver como se fosse eterno. Tem gente que nem andar pode mais, depende quase de tudo e de todos para continuar
vivendo e, mesmo assim permanece apegado à matéria, praticando a arrogância e a
prepotência dos que se acham "eternos". É tão mais sábio entender-nos
passageiros por este mundo. Preparar-nos espiritualmente para a partida. Quando
digo isso não é para viver pensando na morte todos os dias, todos os momentos,
não! É aproveitar intensamente a vida sabedora de que esta daqui é uma passagem
adquirida no dia em que nascemos. Só estamos esperando o destino vir
carimbá-la. A ansiosa solicitude pela vida nos escraviza e nos faz perder tempo
precioso com coisas fúteis e inúteis. Há que se viver a vida de maneira equilibrada, não
sendo fardo para ninguém, ao contrário fazer da nossa existência um ato de
servir, mais do que ser servido; de amar, mais do quer amado. Ao agir desta
forma, mesmo sem querer, nem perceber seremos os mais servidos e os mais amados
das criaturas. Façamos valer nossa existência, amigos. Usemos de nossos
talentos não só para acumular bens materiais. Acumulemos o respeito e
a consideração das pessoas com quem convivemos. Invistamos mais no servir e no
amar. As recompensas virão na qualidade de uma vida que não tem como se
comprar, pois é conquistada nas atitudes do dia a dia voltadas ao bem estar
comum, não só de si. Ao se viver dessa forma, a única coisa que não vai causar preocupação é o tal do buracão, ou o fornão, como queiram alguns menos convencidos de
que o espírito vivifica e o corpo que tanto se cultua, ao pó retornará.
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