Sábado, 02 de junho de 2012.
Folha da plantação da
empresa Tikkun Olam (Foto Z. Klein/BBC Brasil)
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Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveram um tipo de
maconha medicinal, neutralizando a substância THC, que gera os efeitos
cognitivos e psicológicos conhecidos como "barato". De
acordo com a professora Ruth Gallily, especialista em imunologia da Universidade
Hebraica de Jerusalém, a segunda substância mais importante da cannabis -o
canabidiol (CBD)-- tem propriedades "altamente benéficas e
significativas" para doentes que sofrem de diabetes, artrite reumatóide e doença de
Crohn. Gallily, que estuda os efeitos medicinais da cannabis há 15 anos, disse
à BBC Brasil que o CBD que se encontra na planta "não gera qualquer
fenômeno psicológico ou psiquiátrico e reprime reações inflamatórias, sendo
muito útil para o tratamento de doenças autoimunes". De
acordo com ela, após o tratamento com o CBD, o índice de mortalidade em
consequência de diabetes nos animais foi reduzido em 60%, tanto em casos de
diabetes tipo 1 como tipo 2. "Para pacientes idosos que sofrem de
artrite reumatoide, o uso da cannabis pode ter efeitos maravilhosos e melhorar
muito a qualidade de vida",
disse Gallily. A pesquisadora afirma que remédios à base de CBD seriam muito
mais baratos que os medicamentos convencionais no tratamento dessas doenças. A
empresa Tikkun Olam obteve a licença do Ministério da Saúde israelense para
desenvolver a maconha medicinal e cultiva diversas variedades da planta em
estufas na Galileia, no norte de Israel. (BBC/Brasil)
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