Terça-feira, 09 de outubro de
2012.
A esperança sempre é e será a educação. Quanto mais politizado um
eleitor, menos a baixaria será utilizada como estratégia de marketing para
desconstruir a imagem do adversário. É assim que as campanhas funcionam no
Brasil. O candidato que se posiciona como favorito nas pesquisas iniciais é
bombardeado de todos os lados. Torna-se o vilão a ser batido. Acusações,
geralmente forjadas aparecem para uma espécie de “dumping eleitoral”
(entendo como sendo a depreciação da imagem do adversário para se auferir benefício
político). O político paulista Mário Covas certa vez desabafou afirmando que “No Brasil quem tem ética na
política parece anormal”. Não deveria ser assim, mas é.
Somos humanos. Fadados a erros durante o percurso. Portanto, é possível àquele
que ao postular qualquer cargo público não tenha uma mácula em seu currículo.
Alguma coisa que disse sem pensar. Algum ato cometido na adolescência. Um
equívoco ao apoiar ou acreditar em alguém. Um delito no trânsito. Uma briga, um
destempero em dado momento. Um deslize quanto à fidelidade a determinada pessoa
ou credo. É da natureza humana. Não somos perfeitos. Ao usar o tempo de
apresentação de propostas para levantar a fixa do adversário e protagonizar
lamentáveis ataques a este, muitas vezes pessoais, só faz é desconstruir a
imagem da classe política junto aos eleitores. É dar tiro no pé. O que vocês
acham que as pessoas estão pensando dos políticos brasileiros em geral, com a
questão do “mensalão”.
Não venham me convencer de que esta prática (aliciamento) não é comum a todos
os que estão e desejam permanecer no poder. É que desta vez foi tão mal feita
que o fato foi escancarado ao país por um corrupto confesso que resolveu jogar
a coisa toda no ventilador. Não pensem que a realidade é só por aqui. Ela
sempre existiu. O político e ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill na época da Segunda Grande Guerra Mundial já reconhecia
que “A política é quase tão excitante como a guerra
e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na
política diversas vezes.” Só
que isso precisa mudar. Essa prática diminui gradativamente na medida em que
mais e mais pessoas sejam politizadas. A essas, o que conta são as propostas e
a imagem do pretendente a cargo público forjada no seu testemunho pessoal. Tenho
acompanhado nessas eleições 2012 que essa estratégia lamentável não tem surtido
o resultado esperado pelos profissionais de marketing. Lages, em Santa
Catarina, cuja campanha e pleito acompanhei, foi uma prova disso. O candidato
que optou pela lisura e por não atacar pessoalmente ninguém, mesmo atacado
venceu as eleições. Espero que agora, em Curitiba o mesmo aconteça. Os
eleitores merecem e certamente darão seu apoio àquele que os convencer com
propostas exequíveis e necessárias para seu município. Foi o que aconteceu com
Elizeu Mattos em Lages. Espero agora que esse exemplo seja seguido por Ratinho
Jr e Gustavo Fruet em Curitiba. Todos sairão ganhando. Pode acreditar!
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