Domingo, 09 de dezembro de
2012.
Fizeram esses dias uma pergunta a um grupo de pessoas: A natureza humana está em união com todas as outras formas de vida? A jovem assistente social Caroline Veiga deu uma interessante resposta que reproduzo a seguir:
"O ser humano é um
ser social. Ele não vive isolado, pois necessita de outros para sua
sobrevivência e os da sua espécie. Só que no meio em que vive não é única.
Além dela habitam o Planeta Terra mais de 8,7 milhões de espécies, muitas das
quais desconhecidas e que demorarão mais de mil anos para serem catalogadas. Neste mundo complexo
e diversificado em que vive, o ser humano se autodenomina superior aos outros pelo
fato de poder pensar, refletir, tomar decisões, não agir por extinto e ter o
livre arbítrio para escolher o que quer. Ao nascer, uma pessoa
é apresentada à sua família, a primeira instituição que conhece. Junto a ela
sobrevém regras, valores, simbolismos, culturas diferenciadas e que reunidas àquilo
que aprende com instituições como escola, igreja, profissão montarão o seu
caráter.
Quando criança ainda recebe o ensinamento da
necessária convivência com as espécies diferentes que a rodeiam. Aprende, por
exemplo, que não pode se aproximar muito de um formigueiro, embora a
curiosidade a leve à observação e ao aprendizado de que as formigas, embora
irracionais formam uma sociedade organizada com distribuição interessante de
tarefas e submetidas a uma líder, a rainha mãe. Também aprende ao observar uma
taturana que não pode encostar-se a ela, se não acabará por ferir sua pele e ainda que, mesmo os animais domésticos e de estimação como o cachorro ou o gato devem
ser mantidos à distância da intimidade de um quarto, por exemplo. Ainda que os tenha
ganho de presente e que, sem saber, não aceite vê-los dormir em outro ambiente.
E como não se lembrar do primeiro peixe, aquele douradinho com vermelho que pode
ter prendido a sua atenção por horas a fio.
É possível também não esquecer,
quando criança, da viagem ao sítio onde pela primeira vez é apresentada à
espécies desconhecidas das que vivenciava na cidade: o boi, a vaca, a galinha, o
peru (que pode ter corrido atrás dela e fazê-la adquirir um trauma até a idade
adulta), os porcos e demais bichos que nunca sequer havia imaginado existir. E essa pessoa pode
um dia se flagrar pensando: “Nossa, como Deus é criativo! Tantas formas de
vida diferentes, tantas coisas bonitas para serem vistas, conhecidas.” Mas daí aquela
criança cresce. E com ela também as responsabilidades e seu poder de observação. E vem
a decepção. Começa a prestar atenção em outras fatos reais que envolvem a
sociedade humana organizada, como por exemplo, as notícias divulgadas em veículos de comunicação: Alguém morre assassinado de forma horrível e triste;
uma criança baleada e não sobrevive; fulano que sofre acidente fatal, vítima de
motorista embriagado, homem que agride animal até a morte; cachorro que é enterrado
vivo, etc.
Tudo isso pode levá-la a questionar em que mundo está vivendo? Se quando Deus criou o mundo a raça
humana vivia em harmonia com os outros animais e com ela mesma, o que mudou então?
Afinal, por ser racional e por ter o livre arbítrio e por se achar superior não
caberia ao homem a responsabilidade pela manutenção e qualidade da vida no seu habitat? Essas perguntas precisam de respostas urgentes da própria espécie humana. Por ser racional, o bicho homem tem sim a responsabilidade direta na salvaguarda do precioso lugar onde mora. Inocentes ou culpados, não importa, se não levar à sério essa questão e buscar a harmonia com as outras espécies caberá sim ao homem toda a culpa pelo extermínio da vida no Planeta Terra."
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