Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014.
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Sem ônibus em número adequado, a população se vê prejudicada no
seu direito de ir e vir e pressiona o poder público para uma solução
geralmente favorável aos empresários que nunca perdem
(Crédito: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão) |
Acompanhava com certo ceticismo as indicações da comissão de vereadores da capital paranaense para a necessidade de readequação para baixo dos atuais valores da tarifa do transporte coletivo de Curitiba. A Comissão investiga "as estranhas manobras" engendradas pelas administrações passadas para o estabelecimento de valores da atual tarifa e a cada dia o queixo caia. Depois veio um parecer técnico do Tribunal de Contas do Paraná determinando que a mesma fosse também readequada para valores menores que os atuais. Ninguém é contra a greve quando o assunto é ganho salarial para os trabalhadores. Neste caso a população tende a apoiar, mesmo que se sinta prejudicada no seu direito de ir e vir dentro de uma metrópole como a nossa. O estranho nisso tudo é a coincidência. Estrategicamente ficou de bom tamanho para os empresários do setor o movimento paradista, por mais paradoxal que seja. Com o movimento ninguém mais fala dos valores indicados pelo TC, nem dos da Comissão, mas sim daqueles que os empresários divulgam como necessário para atender a pauta de reivindicações da categoria. Má fé cínica. Até parece que somos um povo ignorante o suficiente para não perceber a manobra política e principalmente financeira fomentando a justa e permanente pauta de reivindicações da categoria. Não somos contra ela, mas que se apresenta em momento adequado aos patrões, isto é inequívoco. JoYa
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