Domingo, 23 de fevereiro de 2014.
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"Quando, por conta do fisiologismo, o executivo controla o legislativo, o povo fica sem força para impor o contraditório" JoYa |
O regime democrático exige que haja partidos e o ideal é que esses representassem ideologicamente todas as camadas da população. Quanto mais politizado o eleitor mais este regime representativo se aproxima do ideal democrático: O governo do povo para o povo. Infelizmente tenho testemunhado que isto está longe de ocorrer no Brasil e, notadamente, aqui no Paraná. Hoje acompanhei uma eleição interna do PMDB de Curitiba. Lá, duas correntes: uma defende a candidatura própria para o governo do Estado e outra compromissada em apoiar o atual governo, nas eleições deste ano. O apoio de um partido a outro é normal no jogo político, porém há que se ter coerência ideológica. O que não é o caso. Não é possível entender como políticos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro sigam a mesma ideologia do Partido da Social Democracia Brasileira. Aqui não vai nenhuma crítica a ideologia dos dois partidos. Mas elas devem seguir em paralelo para dar a chance de o povo escolher. De ter pelo menos a opção de mudar quando não está satisfeito com aqueles que o representam. O fisiologismo é uma chaga aberta na evolução da política brasileira. Estar do lado do poder para se beneficiar de seu exercício (mesmo que ideologicamente não combinem) é assumir o contraponto do exercício da representatividade política que gradua a oposição como um exercício tão importante quanto ao da situação. Um exemplo: Quando, por conta do fisiologismo, o executivo controla o legislativo, o povo fica sem força para impor o contraditório. É lamentável testemunhar o que ocorre com o PMDB paranaense, enfraquecido, pois dividido. O que vi hoje foi um grande partido, partido. Lamentável. JoYa
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