quinta-feira, 22 de maio de 2014

Autoridades da saúde questionados quanto a sacrifício de uma égua campeã

Quinta-feira, 22 de maio de 2014.

A égua condenada ao sacrifício é bicampeã paranaense de
hipismo
(Foto Arquivo/ Darci Bardini/Proprietário)
Li uma notícia há pouco no site da Rádio Banda B, de Curitiba, e confesso que não deixei de me preocupar. Sei que o funcionário público cumpre ordens e tudo o mais. Que os agentes de saúde pública tem por princípio a salvaguarda do bem estar da população. Mas, o que o dono deste animal pede é uma simples contraprova para que não o sacrifiquem à toa. Segundo as informações da reportagem  seis dos sete exames realizados no animal deram inconclusivos para uma grave doença chamada "mormo", uma zoonose transmitida por secreções que pode levar a morte tanto humanos quanto os animais. De acordo com o dono do Centro Hípico Equuos, Darci Bardini, proprietário do animal, sete testes foram realizados, sendo que seis deram resultado inconclusivo e apenas um detectou a doença. Acontece que o cavalo não apresenta os tradicionais sintomas deste mal que são febre alta, tosse e secreção nasal. Podem aparecer também feridas nos membros e ele não tem nenhum deles. O sacrifício está marcado para acontecer amanhã, dia 23, às 14 horas. A condenação de sacrifício foi feita pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e pelo Ministério da Agricultura. Em entrevista à mesma emissora, o diretor-presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, explicou que essa é uma atividade de rotina nesses casos para manter o Paraná livre da doença. “O que aconteceu nesse caso foi o fato da égua disputar provas e causou uma comoção muito grande. Mas a doença é crônica e foi detectada no exame de sangue do melhor laboratório do país, que é o do Ministério da Saúde em Pernambuco. Nas vezes em que o exame deu inconclusivo, utilizamos procedimentos mais baratos e esse foi o com os meios mais avançados”, explicou. Segundo o Dr. Kroetz, o sacrifício é importante para afastar a doença do estado do Paraná, já que pode levar até humanos à morte. “Entendemos a reluta da família, mas pelo fato da reação o procedimento precisa ser realizado imediatamente”, concluiu. Darci Bardini não esconde sua revolta: - “O que me indignou é o fato de eu não poder fazer um novo exame, quero ter a prova que ela tem a doença antes de ser levada a morte. Isto é assassinato, já que ela não apresenta nenhum sintoma”, afirmou. A égua condenada à morte é bicampeã paranaense de hipismo. (Banda B)

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