quarta-feira, 29 de abril de 2015

Richa diz que reação da polícia atende ordem judicial de "proteção ao patrimônio público"

Quarta-feira, 29 de abril de 2015.
Centro Cívico, em Curitiba, foi palco de violenta repressão aos professores que tentaram chegar
à Assembléia Legislativa para acompanhar a votação de projeto de seu interesse
Socorristas dizem que mais de 200 pessoas se feriram
enquanto governo contabiliza 40 e entre eles, policiais 
Acabo de assistir ao Jornal da RPC. Nele a declaração da APP-Sindicato de que vai acionar criminalmente o Governador Beto Richa, o Secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini e o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano pela barbárie cometida contra os professores. Enquanto isso, nota da OAB com o título 
Feridos foram atendidos no Centro Cívico mesmo.
 Os mais graves, nos hospitais da região
“Democracia de Luto” solicita investigação do Ministério Público para apurar responsabilidades sobre a violenta repressão contra os funcionários públicos. Mas, o que mais surpreendeu foi a declaração do próprio governador Beto Richa passando a responsabilidade da ação policial para a Justiça. Segundo ele os policiais nada mais fizeram do que atender a uma ordem judicial de proteção do patrimônio público. Segundo o governador havia gente infiltrada no movimento e que partiu contra os policiais que não encontraram outra alternativa do que "se defender". Não foi bem isso que as imagens da RPC mostraram. Eram professores e professoras que tentavam chegar até a Assembleia, desarmados e sem nenhuma atitude agressiva contra os policiais. Eles apenas tentavam ultrapassar as barreiras que impediam sua passagem. Agressividade desproporcional foi a dos policiais cujas bombas e balas de borracha atingiram até populares que foram dar seu apoio aos professores e que atônitos observavam a barbárie. Mais de duzentas pessoas resultaram feridas e foram atendidas no Centro Cívico. Alguns casos mais graves foram encaminhados a postos de saúde e hospitais de Curitiba. Um repórter cinematográfico e o deputado estadual Rasca Rodrigues foram feridos por cães da Polícia Militar. O deputado tentava chegar até os manifestantes e foi reprimido por policiais que seguravam os cães. O mesmo aconteceu com o jornalista. Cenas lamentáveis que revoltam e entristecem ao mesmo tempo. A revolta tem origem na violência do Estado contra o cidadão e a tristeza é de que, por tudo o que tem acontecido não há confiança de que as instituições criadas para a proteção do cidadão tomem alguma atitude contra essa barbárie. A impressão é de que corroboram com tudo. JoYa


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