Quarta-feira, 12 de
maio de 2015.
A população paranaense deve dar apoio aos professores e assim pressionar definitivamente o governo a dar uma atenção devida à educação |
Se o calendário escolar 2015 está comprometido, com
toda a certeza, a culpa não é dos professores. Ao assistir ao Jornal da RPC
agora à noite uma reportagem me chamou a atenção. Aquela que mostrou um
protesto de pais de alunos em frente a um educandário do bairro de Santa
Felicidade, em Curitiba. Os pais protestavam contra o governo do Estado, mas a
reportagem deu ênfase ao calendário escolar comprometido pela greve dos
professores. É tudo o que o governo deseja. Uma pressão da sociedade sobre os
professores como se eles fossem os culpados desta situação. Quero deixar bem
claro à população paranaense que há muitos tipos de violência. Há uma tão dramática
quanto aquela que chocou a todos no último dia 29 quando a Polícia Militar,
seguindo ordens do governo do Estado reprimiu com truculência despropositada a
intenção dos professores de impedir a votação do projeto que mexia e, que, por
ser infelizmente aprovado, vai mexer com sua previdência. A violência do
descaso com suas condições de trabalho e a falta de reconhecimento financeiro à importância de sua
função é tão grave quanto aquela do dia 29. Aquela
machuca, essa corrói. A população paranaense precisa entender que o verdadeiro
culpado do calendário escolar dos alunos da rede pública paranaense estar
comprometido é o governo do Estado que tem tratado com descaso as
reivindicações dos professores. Isso ficou provado inclusive na última reunião
onde as secretárias da administração e da educação compareceram sem uma
proposta definida, empurrando com a barriga um problema que atinge diretamente
milhares e milhares de estudantes paranaenses. Agora o governo vem com essa
tática de jogar a opinião pública contra os professores pelo calendário
comprometido. É preciso que a opinião pública entenda que o grande culpado
dessa situação é o governo do Estado e ninguém mais. E a categoria que fique
esperta, pois tudo que o governo quer é motivo para uma proposta salvadora: a
privatização do ensino público paranaense. JoYa
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