Quarta-feira, 10 de
junho de 2015.
Os deputados da base aliada à Richa vão ter que assumir sozinhos o ônus pela aprovação do polêmico projeto (Crédito/Sandro Nascimento/ALEP) |
Os deputados da bancada do camburão, aqueles
alinhados ao governador pensavam que estavam limpando sua barra pela
intervenção nas negociações com a APP-Sindicato e a participação direta da
formatação das cláusulas do acordo que agora tende a virar lei, pois um projeto
específico circula na Casa para aprovação. Ledo engano. Acontece que a decisão
pelo término da greve não foi unânime. Todo mundo sabe que a APP-Sindicato foi
pressionada e “bombardeada” de todos os lados para ceder a esta proposta
ridícula e que não resgata em gênero, número e grau a inflação do período como
manda a lei. Não é preciso ser gênio em matemática para entender que reposição
não é aumento e se a reposição não for feita como a lei manda, isto é, 8,17 por
cento com data-base em 1º de maio, o prejuízo será irreversível, pois aumento
real a proposta só prevê para 2017 e de apenas 1%. Sabedores disso, os
deputados da oposição tiraram o time de campo. Você pode perguntar: E agora, o
projeto será aprovado? Com certeza vai. Só que os deputados da bancada do
camburão vão ter que assumir a paternidade. Ao aprovarem este polêmico acordo,
aceito sob pressão, assumirão, sem dúvida, o total ônus pela desgaste
recorrente. Com isso eles não contavam. Além de serem lembrados pelos
lamentáveis episódios de 29 de abril, serão identificados também como os
deputados que votaram um acordo conseguido sob pressão e que causará um
prejuízo irreversível ao poder de ganho dos salários dos professores. Em um
futuro bem próximo os professores sentirão no bolso essa queda, se já não estão
sentindo hoje e o ônus será total àqueles que não só elaboraram a proposta, mas
que em tempo recorde procuram torná-la lei. Armaram e se deram mal! JoYa
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