Quarta-feira,
30 de março de 2016.
Sem uma visão nacional e diante de um sentimento político obscuro e condenável, situação e oposição percorrem um caminho tortuoso e perigoso |
As crises econômica e política
estão longe de serem resolvidas com a retirada, via impeachment, de Dilma
Roussef da presidência. O Brasil necessita, neste momento, de unidade em torno
das prementes ações que deveriam ser adotadas. O ódio, o rancor, o despeito,
sei lá que tipo de sentimento que alguns nutrem pelo PT não pode levar à
insensatez de achar que tirando uma presidente eleita legítimamente, sem se configurar
crime de responsabilidade, vá unir a nação. Ao contrário. A crise persistirá
acompanhada de reações imprevisíveis daqueles que se sentirão usurpados por um
golpe político ilegítimo. E esses são maioria, pois Dilma recebeu mais de 3
milhões e 400 mil votos que seu opositor, no segundo turno. A desunião
persistirá, seja quem for o infeliz a assumir o cargo, a princípio Michel
Temer. Esperar a unidade em torno da legitimidade democrática e/ou uma visão
nacional diante da delicada situação que o país vive, nesta hora, me parece uma
postura praticamente impossível de ser adotada por aqueles que se deixaram
levar por um sentimento obscuro contra o partido da presidente e contra ela
própria. Ainda espero que surja uma luz que possa iluminar a consciência nacional
em torno da gravidade daquilo que acontece em Brasilia. Afinal a esperança é a
última alternativa daqueles que confiam e perseveram na fé em torno dos valores
humanos. JoYa
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