Sábado, 26 de
novembro de 2016.
"O pedido de desculpa é um nobre gesto que pode selar a paz e a harmonia onde impera a ignorância e a intolerância" JoYa |
Já tinha ouvido este conselho, mas nunca o havia
praticado. Até que nesta semana estava no trânsito (sempre ele) e todo munda
sabe que os motoristas se transformam quando pegam num volante. Era hora do
rush. Terrível. Ele não andava. Meia hora para percorrer apenas duas quadras. É
claro que muitos motoristas, inclusive eu, estavam impacientes. Muitos até com
tempo curto para algum compromisso. Foi quando resolvi mudar de pista por achar
que a da esquerda estava fluindo mais do que aquela em que eu transitava. Abriu
espaço, dei sinal e entrei. O carro que estava logo atrás, na pista que eu
havia entrado buzinou e eu já impaciente e nervoso fiz um gesto tipo “passa por
cima” (quem já não o fez, não é mesmo?). Aí, enfureci o motorista daquele
veículo. Ele não me conhecia e eu também não o conhecia, afinal os vidros
escuros impedem uma melhor visualização de quem esteja no interior dos veículos.
Ele, um pouco mais à frente emparelhou comigo e abriu o vidro, talvez para me
xingar. Eu já havia me acalmado e quando abri o meu não dei tempo para aquele
senhor se manifestar. Só sei que ele estava me olhando brabo.
- Por favor, meu senhor, me desculpe. Fui egoísta.
Só pensei no meu problema de atraso e talvez o senhor esteja mais atrasado do
que eu. Desculpa!
Foi o suficiente para colocar um sorriso no rosto
daquele senhor.
- Não foi nada "seo Yared". Esse trânsito
nos deixa malucos mesmo. Fica tranquilo!
Disse ele. Não fomos apresentados, porém esqueço que
ocupei espaço na mídia durante mais de trinta anos em Curitiba e com certeza
não posso pisar na bola. Somos eternamente responsáveis por todas as pessoas
que cativamos. Mas, minha postura corrigiu uma situação que poderia piorar
ainda mais. Lição aprendida, na prática. JoYa
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