Sexta-feira, 02 de
dezembro de 2016.
Um desencontro de informações entre a empresa LaMia
e as autoridades bolivianas e colombianas pode estar por trás das razões que
provocaram o acidente com o voo que levava a delegação da Chapecoense na última
terça-feira. Em entrevista ao jornal "El Tiempo", o secretário de
segurança aérea da Colômbia, Freddy Bonilla, afirmou que o plano de voo enviado
pela LaMia para a agência colombiana era diferente do apresentado pela
companhia aérea à Agência Nacional de Aviação da Bolívia (Aasana). De acordo com
o coronel, a LaMia entregou uma autorização de saída, chancelada por
autoridades bolivianas, a partir de Cobija, cidade localizada mais ao norte da
Bolívia, a 2065km de Medellín, distância que se encaixaria legalmente na
autonomia da aeronave (aproximadamente 3000km). No entanto, o voo que vitimou a
delegação da Chapecoense partiu da cidade de Santa Cruz de la Sierra,
localizada a cerca de 3000km de Medellín. A equivalência entre a distância do
voo e a autonomia do avião é a principal suspeita de ter provocado o acidente
que vitimou 71 pessoas. A aeronave precisou esperar a descida de um outro
avião, que havia solicitado autorização para pouso e, sem margem suficiente de
combustível na reserva, teria sofrido uma pane seca e caído a 17km do aeroporto
de Medellín. De acordo com as normas vigentes, a aeronave deveria ter
combustível suficiente para pelo menos mais 30 minutos de voo e para chegar até
uma opção B de aeroporto, no caso, Bogotá. As investigações estão em andamento.
A LaMia teve todas as atividades suspensas. Os corpos dos jogadores e integrantes da Chapecoense
devem deixar a Colômbia em aviões da Força Aérea Brasileira na noite desta
sexta-feira, e o velório coletivo ocorrerá no sábado, em Chapecó. Os corpos dos
jornalistas da TV Globo e da Fox serão transportados em voos fretados. (globoesporte.com) Medellin/Colômbia
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