OPINIÃO

Foto de Pablo Jacob

Relendo a notícia sobre a primeira reunião ministerial conduzida pela presidenta Dilma Roussef, penso que podemos refletir sobre o conteúdo do comentário de ontem sobre a violência endêmica, fruto do modelo capitalista que impera hoje nas sociedades modernas ao longo do planeta. Falava que se não adotarmos nossos filhos, a rua os adota. E a"coisa pública" pode sim ser considerada como uma filha da sociedade. Em um país onde muitos ganham pouco e poucos ganham demais, os desequilíbrios são inevitáveis e fazem surgir uma roda de violência que gira como uma roleta russa. Essa roda pode atingir a tudo e a todos. Ninguém está imune. De uma forma ou de outra qualquer um pode ser atingido.

Com uma máquina cara e pesada para administrar, Dilma coloca como primeiro desafio de seu governo e de seus ministros a diminuição do custeio e gerar recursos para investimentos sociais. Penso que se um ou outro ministro não se alinhar a esta ordem de comando, teremos novidade no primeiro escalão da República. A preocupação de Dilma tem fundamento. Por exemplo, a redução no dinheiro disponível para investimentos em programas de assistência a jovens e erradicação do trabalho infantil cria neste momento entraves ao combate à miséria — primeiro objetivo traçado por Dilma Rousseff. Segundo ela, o peso do custeio da máquina é o maior entrave aos investimentos sociais.

Não será esta medida a fórmula mágica para resolver o problema da violência e da injustiça social, mas é um passo importante como exemplo aos demais administradores públicos deste país continental e à própria população. Sim, também de cada um de nós se espera uma conduta responsável nesta direção. Cabe a nós cumprir nossas responsabilidades como cidadãos, o zelo pela família que constituímos e uma visão voltada para a solidariedade e assistência social.

O momento nos impele a confiar em Dilma, sem ranços ideológicos e nem partidários. E fazer nossa parte!

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