Quarta-feira, 27 de abril de 2011.
A direção-geral da Câmara dos Deputados determinou ontem a exoneração de Maurício Thadeu de Mello e Silva, filho do senador Roberto Requião (PMDB). Maurício era chefe de gabinete do deputado federal João Arruda (PMDB), sobrinho de Requião. Arruda acatou a ordem e já dispensou o primo. De acordo com a Câmara, a contratação feria a súmula antinepotismo editada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2008 porque Maurício é filho do senador – ou seja, por uma suposta interpretação de nepotismo cruzado. A súmula proíbe a contratação de parentes de até terceiro grau no serviço público. A ligação entre primos, contudo, é de quarto grau. (Via Blog do Fábio Campana)
Maurício ganhou notoriedade no Congresso Nacional, anteontem, ao devolver o gravador que o pai tomou das mãos do repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes. Requião ficou irritado com perguntas feitas pelo jornalista sobre a pensão de R$ 24,1 mil que recebe como ex-governador do Paraná. O senador devolveu o aparelho, por meio de um funcionário, mas ficou com o cartão de memória que continha o áudio da entrevista.
Quanto ao caso, o ex-governador ocupou a tribuna do Senado para expor suas razões:
“Perdi a paciência. Reconheço que ontem perdi a paciência. Respondi uma. Respondi duas e na terceira vez, irritei-me com a insistência, entendi que não era mais uma entrevista, que havia nas perguntas doses de provocação ao estilo ‘CQC’ ou ‘Pânico’, como que me extorquir respostas, não para esclarecer o tema, mas para acuar o entrevistado ao modelo destes programas. Foi quando perdi a paciência e peguei o gravador do repórter. Por que o fiz? Para que ele não editasse a entrevista, não a picotasse, não a desfigurasse. Peguei o gravador, copiei a entrevista e publiquei na integra em minha pagina na internet”, justificou o senador.
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