Quarta-feira,
15 de agosto de 2012.
Era uma vez uma moça que estava à
espera de seu voo, na sala de embarque de um grande Aeroporto. Como ela deveria
esperar por muitas horas pelo seu voo, resolveu comprar um livro para matar o
tempo. Comprou, também, um pacote de
biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse
descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-se um homem. Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem
também pegou um. Ela se sentiu indignada,
mas não disse nada. Apenas pensou:
"Mas que cara de pau! Se eu estivesse
mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais
esquecesse!!!"
A cada biscoito que ela pegava, o
homem também pegava um. Aquilo a deixava
tão indignada que não conseguia nem reagir. Quando restava apenas um biscoito, ela pensou:
"O que será que esse
abusado vai fazer agora?"
Então o homem dividiu o último
biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Ela estava bufando de raiva! Então, pegou o
seu livro e as suas coisas e se dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou, confortavelmente, numa
poltrona já no interior do avião, olhou dentro da bolsa e, para sua surpresa, o
pacote de biscoitos estava lá, ainda intacto, fechadinho! Ela sentiu-se muito envergonhada. Só então
percebeu que a errada era ela. Ela havia se esquecido que seus biscoitos
estavam guardados, dentro da sua bolsa. O homem havia dividido os biscoitos
dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado
muito transtornada, pensando estar dividindo os dela com ele. E já não havia
mais tempo para se explicar, nem para pedir desculpas.
Refletindo:
Quantas vezes, em nossa vida, nós é que estamos comendo os biscoitos dos
outros, e não temos consciência disso.
“Tudo o que nos irrita dos outros pode nos
levar a uma compreensão sobre nós mesmos".
(Carl Jung)
* Agradeço a colaboração de Rosângela Paraná por enviar por e-mail esse belo conteúdo para reflexão.
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