Quinta-feira, 18 de abril de 2013.
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Lya Fett Luft, escritora e tradutora brasileira. É também uma
professora universitária e colunista da revista semanal Veja
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Já fui menino. Hoje não sou mais. Também deixei há muito tempo a irreverente fase da adolescência. Não são só as marcas do tempo em minha face, nem os cabelos brancos que determinam os anos que já vivi. O fato que se apresenta mais pontual é aquilo que chamamos de experiência de vida. Os anos foram passando e com eles as experiências sendo acumuladas. De erros e de acertos. De desvios e de puro aprendizado. De teimosia e de aceitação. De quedas e subidas. De choros e risos. De lamentos e de euforia. Aprendizado que se apresenta depois de constatações, decepções e de surpreendentes revelações. A isso chamo de maturidade. É o bendito fruto de consciência daquilo que se pensa e faz. São ações que têm suas consequências antecipadamente medidas. São omissões com lastro consciente nas suas causas e efeitos. Se quando menino não imaginava e na adolescência resistia, hoje, maduro, entendo: a vida é uma escola. Viver é essencialmente aprender. E, neste constante aprendizado, aceitar a experiência e o conhecimento daqueles que já os viveram é sinal de que começamos a construir o lastro da maturidade que nos legará a indestrutível sabedoria existencial.
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