Terça-feira,
16 de abril de 2013.
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Abuso de velocidade dá nisso, em plena via urbana a 150 km/h
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Depois da morte de meu sobrinho Gilmar Rafael na colisão protagonizada pelo
excesso de velocidade empreendido pelo ex-deputado Carli Filho passei a prestar
mais atenção às questões do trânsito. Notadamente as causas, mais do que as
notórias consequências. Este é o problema: Preocupamo-nos com as consequências
e esquecemos das causas. Mais do que reativas, as ações devem ser preventivas e
pontuais. De que forma? Educação. A multa pecuniária tem sua valia em uma
sociedade deseducada, daí sua importância para nós brasileiros, mas a solução
do problema para o futuro só virá com educação. Eu, por exemplo depois de ir
duas vezes para os cursos de reciclagem do Detran senti que melhorei muito em
termos de conscientização como motorista. Os futuros motoristas precisam ser
educados desde a tenra idade para o problema das consequências em caso de não
atendimento às normas de segurança do trânsito. Outro fator fundamental: a
sensação de punidade. Saber que se não cumprir o que determina a lei do
trânsito a punição será efetiva, doa a quem doer. Mas, na prática não é o que
acontece. Vejam o caso Carli Filho. A qualquer pessoa que se pergunte em todo o
Brasil e principalmente aqui no Paraná sobre o caso, a resposta revela uma
sensação de incredulidade de o mesmo ser de alguma forma chamado à
responsabilidade pelo que fez. E isso é grave. Desconstrói todo um esforço no
sentido de forjar uma sociedade mais reagente em relação as consequências das
ações diante da condução de um veículo automotor. Li hoje o texto da jornalista
Juliana Gross Silvério que acabou se envolvendo em um acidente nesta
segunda-feira e o que ela escreveu vale refletir. Se há luz no final do túnel
para esta problemática, esse tipo de reflexão é uma delas.
Eis
o pontual texto de Juliana G. Silvério
15/04/2013. O dia em que me tornei mais um número nas estatísticas.
Sofri um acidente no caminho para uma pauta. Um carro bateu na traseira do
carro da reportagem, bem do lado onde eu estava. Fui imobilizada pelo Siate, me
levaram para o hospital, fiz vários exames de raio-x, estou tomando remédios
para a dor. Eu e meus colegas de trabalho não fraturamos nada. Sofri uma torção
muscular nas costas. Foi inevitável, durante o percurso até o hospital refleti sobre muitas coisas.
Todo veículo é uma arma em potencial no trânsito. Se vc está com pressa, com a
cabeça fora do lugar, estressado, não dirija. Não leve pra pista seus
problemas, se concentre, respeite. A sua arma pode acabar com a vida de alguém,
mesmo que vc nem imagine que isso possa realmente acontecer. Afinal, a gente
nunca acha que vai acontecer com a gente... Quando esse dia chega sempre gera
transtorno, seja o susto, as dores, as fraturas, o sangue e a perda...
"Não se preocupe com o dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo.
Basta a cada dia o seu mal".
Hoje entendi melhor esse versículo em Mateus
6: 34. Quem sabe sobre o dia de amanhã? Quem somos nós diante da fragilidade da
vida? Como cristais delicados com um sopro caímos e desfalecemos. Tudo está nas
mãos do Criador. Nele encontramos paz na tormenta, esperança diante dos
problemas, força e proteção. Caminho seguro é confiar Nele nossas vidas. Creio
que a existência vai muito além do aqui e agora. A eternidade existe e enquanto
não somos presenteados com ela devemos repensar sempre: o que eu estou fazendo
com a minha vida hoje?
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