Terça-feira, 23 de julho de
2013.
Foto registrada hoje pela manhã por um ouvinte da rádio Banda B, de Curitiba (Site da Banda B) |
A grande maioria do povo curitibano não tem outro assunto hoje.
Repartindo atenções com a chegada do Papa e o nascimento do bisneto da Rainha
da Inglaterra, a expectativa pela ocorrência de neve domina as rodas de
conversa. E não é que o fenômeno foi registrado em alguns setores da Grande
Curitiba. O primeiro deles foi o município de Araucária, a 30 km da capital. Depois,
o fenômeno foi verificado em Fazenda Rio Grande, também na RMC, além de bairros
da capital como Fazendinha, Cidade Industrial de Curitiba e Sítio Cercado. A
última vez que nevou por aqui foi em 1975, há 38 anos. E os curitibanos
devem ficar atentos ao longo do dia, pois há condições para nevar na região
hoje. Não confundir neve com chuva congelada.
Entenda a razão
Para que haja possibilidade do fenômeno, três fatores precisam ocorrer: a
umidade do ar, o posicionamento das massas de ar e a queda brusca da
temperatura em torno de zero grau. Fechando esses três fatores, aí sim
poderemos testemunhar o raro fenômeno. E as condições climáticas neste
momento favorecem a precipitação.
A histórica nevasca de 1975
Lembro bem quando, em 1975, até a agencia estadual de meteorologia (como era chamada na época) foi pega de surpresa com a nevasca que atingiu Curitiba. O professor Oswaldo Iwamoto, hoje com 61 anos e aposentado, era quem dava as informações do tempo para nós da Rádio Clube Paranaense e demais colegas jornalistas. Ele, confessa, juntamente com seu colega César Duquia (ainda em atividade), foram surpreendidos com a neve, pois não tinham como o Simepar tem hoje, os equipamentos que poderiam "detectar" as três condições acima relatadas. A temperatura desceu, no dia 17 de julho de 1975 a -0,5 graus. Havia intensa umidade do ar e mais o posicionamento dos ventos possibilitaram a rara ocorrência. Mas, a neve não durou muito. Um pouco mais de uma hora, tempo suficiente para deixar toda a região de Curitiba com paisagem européia. Lembro bem que a alegria do dia 17 se transformou em pesadelo no dia seguinte. As temperaturas continuaram a cair e ao atingir seis graus negativos em praticamente todo o Estado, arrasou os cafezais do norte paranaense originando a conhecida "geada negra". Essa ocorrência causou um estrago tão grande em nossa economia que até hoje não conseguimos mais recuperar o título de maior produtor de café do mundo. Nem do Brasil somos mais. As culturas de milho, trigo e soja foram paulatinamente tomando conta das grandes regiões produtoras de café do Paraná. Na época o desemprego na agricultura foi tanto que ocasionou um verdadeiro problema social nos pequenos e médios municípios do interior, com o fenômeno do êxodo rural, que acabou por engrossar os bolsões de pobreza das grandes cidades. Faço esse registro em minha página do Face, pois muitos dos que vivem a expectativa da nova ocorrência de neve em nossa região não imaginam o estrago que a baixa temperatura pode ocasionar em nossa principal atividade econômica, afinal ainda somos considerados o estado celeiro do Brasil. Torço principalmente para que as geadas, caso ocorram, jamais cheguem do jeito que chegaram no dia 18 de julho de 1975 nos fantásticos estados agrícolas do sul do Brasil, notadamente o nosso rico Paraná. JYF
*A foto acima comprova que nevou hoje em Curitiba, sim. O site da Banda B informa que o Instituto Meteorológico Metsul, postou em seu perfil na rede social twitter, por volta das 5h desta terça-feira (23), que as próximas seis horas estão propícias para neve em Curitiba. Segundo o Metsul, “Modelos indicam que temperatura em altura ideal para formação da neve sobre Curitiba seria alcançada durante as próximas 6 horas. Até agora CTBA teve instabilidade, mas não ar frio em altura pra neve. Terá frio em altura em breve, logo dependerá de instabilidade”, afirmou o instituto.
* Anda não nevou em toda a capital paranaense por que mesmo que o frio seja suficiente na superfície, não chegou ainda ao ponto de formação da neve, pois depende ainda da pressão da massa de ar juntamente com a umidade em toda as as regiões da capital, altas e baixas. Por enquanto, os registros são isolados e de fraca intensidade.
A histórica nevasca de 1975
Lembro bem quando, em 1975, até a agencia estadual de meteorologia (como era chamada na época) foi pega de surpresa com a nevasca que atingiu Curitiba. O professor Oswaldo Iwamoto, hoje com 61 anos e aposentado, era quem dava as informações do tempo para nós da Rádio Clube Paranaense e demais colegas jornalistas. Ele, confessa, juntamente com seu colega César Duquia (ainda em atividade), foram surpreendidos com a neve, pois não tinham como o Simepar tem hoje, os equipamentos que poderiam "detectar" as três condições acima relatadas. A temperatura desceu, no dia 17 de julho de 1975 a -0,5 graus. Havia intensa umidade do ar e mais o posicionamento dos ventos possibilitaram a rara ocorrência. Mas, a neve não durou muito. Um pouco mais de uma hora, tempo suficiente para deixar toda a região de Curitiba com paisagem européia. Lembro bem que a alegria do dia 17 se transformou em pesadelo no dia seguinte. As temperaturas continuaram a cair e ao atingir seis graus negativos em praticamente todo o Estado, arrasou os cafezais do norte paranaense originando a conhecida "geada negra". Essa ocorrência causou um estrago tão grande em nossa economia que até hoje não conseguimos mais recuperar o título de maior produtor de café do mundo. Nem do Brasil somos mais. As culturas de milho, trigo e soja foram paulatinamente tomando conta das grandes regiões produtoras de café do Paraná. Na época o desemprego na agricultura foi tanto que ocasionou um verdadeiro problema social nos pequenos e médios municípios do interior, com o fenômeno do êxodo rural, que acabou por engrossar os bolsões de pobreza das grandes cidades. Faço esse registro em minha página do Face, pois muitos dos que vivem a expectativa da nova ocorrência de neve em nossa região não imaginam o estrago que a baixa temperatura pode ocasionar em nossa principal atividade econômica, afinal ainda somos considerados o estado celeiro do Brasil. Torço principalmente para que as geadas, caso ocorram, jamais cheguem do jeito que chegaram no dia 18 de julho de 1975 nos fantásticos estados agrícolas do sul do Brasil, notadamente o nosso rico Paraná. JYF
*A foto acima comprova que nevou hoje em Curitiba, sim. O site da Banda B informa que o Instituto Meteorológico Metsul, postou em seu perfil na rede social twitter, por volta das 5h desta terça-feira (23), que as próximas seis horas estão propícias para neve em Curitiba. Segundo o Metsul, “Modelos indicam que temperatura em altura ideal para formação da neve sobre Curitiba seria alcançada durante as próximas 6 horas. Até agora CTBA teve instabilidade, mas não ar frio em altura pra neve. Terá frio em altura em breve, logo dependerá de instabilidade”, afirmou o instituto.
* Anda não nevou em toda a capital paranaense por que mesmo que o frio seja suficiente na superfície, não chegou ainda ao ponto de formação da neve, pois depende ainda da pressão da massa de ar juntamente com a umidade em toda as as regiões da capital, altas e baixas. Por enquanto, os registros são isolados e de fraca intensidade.
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