Quinta-feira, 08 de agosto de 2013.
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Cesare Prandelli, treinador da Itália |
O treinador Cesare Prandelli, da Itália fez declaração que me chamou especial atenção hoje, não só pela sinceridade, mas principalmente pela objetividade da análise. Sei da importância de eventos do porte da Copa e das Olimpíadas para incrementar a indústria do turismo, que gera emprego e renda para o povo. Mas, o treinador conseguiu definir bem quando há o contraste de um estádio de primeiro mundo ao lado de favelas, típicas de países pobres. E foi exatamente este contraste que chocou o treinador italiano. "Um Brasil de duas caras", disse. As declarações foram feitas nesta quinta-feira ao jornal "La Gazzetta dello Sport". Ele confessou que se surpreendeu com o contraste econômico-social encontrado durante a estadia no Brasil para a disputa da Copa das Confederações, em junho. Segundo ele, era impossível jogar bem depois de perceber a disparidade entre riqueza e pobreza, principalmente quando se via as milionárias arenas muito próximas das comunidades carentes. JoYa
"- A Copa das Confederações já me deixou a impressão de fortes contrastes entre os novos estádios e a miséria ao seu redor. Em seguida, uma multidão em manifestações nas ruas. Quando há tantos jovens nas ruas, você tem que ouvir. A prioridade não é o futebol. A prioridade são as escolas, os cuidados hospitalares, o trabalho. Eu acredito que o Mundial no Brasil pode coexistir com uma melhor política social. Claro que é impossível jogar bem num estádio que custou R$ 800 milhões e fica a 100 metros de uma favela de 120 mil pessoas, das quais 20% não têm o que comer. Mas nós não pensamos só na América do Sul. Os contrastes estão em expansão na Europa, e neste ritmo, nós também viveremos blindados. Teremos muito em breve nossas favelas”, finalizou Prandelli. (globoesporte.com)
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