Quarta-feira, 02 de outubro de 2013.
“Entre versos e rimas o poeta
pinta corações enamorados ou decepados
pelo sufoco da sensação
equivocada de posse” JoYa
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O sentimento de amor evolui na
mesma proporção do amadurecimento da relação e das pessoas envolvidas. Não
existe amor perfeito, assim como não existe pessoa perfeita. Mas, aí é que está
o desafio: partir da consciência de que juntos, ajudando-se mutuamente, o casal
tenderá a evoluir sua relação até o fim dos dias de cada um. A evolução do ser
é uma conquista pessoal que pode ser oferecida à evolução da própria relação.
Isso é a essência do verdadeiro amor. As demais vêm em segundo plano, embora
sejam também essenciais para uma vida onde a felicidade de um é fluído para a
do outro. O poeta Mário Quintana, embora não tenha casado definiu bem a
situação vivida por muitos casais quando se tornam vítimas das amarras da
equivocada postura de “posse sobre o outro”: “O amor não prende, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser laço”.
Relacionamento não exige "casamento", mas impõe ao nobre
sentimento que denominamos “amor”, a sua essência. E amor é a especialidade dos
poetas. Todo poeta, assim como Quintana, possui uma sensibilidade natural
para observar os sentimentos dos outros como se seus fossem. Daí sua criação
extrapolar o entendimento que o costume social impõe aos demais. Quintana é um
exemplo disso. Ele pode até não ter casado, mas sua alma de poeta "casou" sim,
com o sentimento de todos os que, apaixonados entregaram e entregam-se ao
envolvente sentimento protagonizado pelo amor.
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