Sábado, 14 de
fevereiro de 2015.
A colisão protagonizada pelo excesso de velocidade
do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho se assemelha na violência imposta
pelo impacto no carro que vitimou meu sobrinho Gilmar Rafael e seu colega
Carlos Murilo, ao deste ocorrido ontem à noite na BR-373, em Guamiranga, nos
Campos Gerais, próximo a Ponta Grossa, PR. Na do ex-deputado, duas mortes, na
do também jovem motorista (24 anos), sexta-feira, dia 13, três vítimas fatais,
um homem de 22 anos e duas passageiras, mãe e filha, de 46 e 16 anos. O
velocímetro travou em 170 km/h na hora da colisão. Assim como Carli, o rapaz
sofreu ferimentos que determinaram seu encaminhamento com urgência ao hospital.
Mas, as semelhanças param por aí. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o
motorista de 24 anos que causou o acidente foi preso. Mesmo na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Ponta Grossa em estado grave, a ordem
de prisão foi dada. Os policiais inclusive estão na porta da UTI fazendo a
custódia do preso. Caso se recupere, ele sai do hospital direto para a cadeia.
A pergunta que fica: Por quê não foi dado o mesmo tratamento ao ex-deputado?
Afinal contra este há o agravante de estar em via urbana e ainda por cima com a CNH
suspensa (exatamente por excesso de velocidade). Gente, é preciso que fique
claro isso: Carli Filho estava desenvolvendo velocidade a mais de 170 km/h em
VIA URBANA. Qualquer bom entendedor de velocidade sabe que ele não deu a si,
muito menos ao seus concidadãos, a mínima chance de escapar de uma colisão,
assim que encontrasse o primeiro obstáculo pela frente. Percebam como ficou o
carro de meu sobrinho. É como se tivesse sido atingido por uma bomba. Nunca foi
uma simples colisão, típica de tráfego urbano. As vias urbanas não são pistas
de corrida. Tem postes, curvas fechadas, lombadas, veículos menores, pedestres
nas calçadas, e residências próximas ao meio fio. Quando li esta notícia no site
do G1 me enchi de indignação pela forma diferenciada com que a polícia e demais
autoridades tratam do mesmo assunto, quando o protagonista tem influência
política ou poder econômico. É uma vergonha institucionalizada nesta Pátria
chamada Brasil. É, cunhada e deputada federal Christiane Yared, o seu desafio
está posto e sua luta não deve ser só sua, mas de todo o conjunto responsável
de uma sociedade que exige de nossas autoridades, principalmente as da Justiça,
que consagrem o princípio de isonomia, isto é, o tratamento igual de todos
diante do texto da lei. Sem isso, viveremos uma democracia de fantasia, onde o
que conta mesmo é o poder do dinheiro e da influência política, típica de
republiquetas onde a pobreza moral se assemelha à daqueles vitimados pela cruel
separação de classes. JoYa
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