Sábado, 14 de
fevereiro de 2015.
Uma narrativa que expõe aos leitores a simbologia de uma postura democrática contra o ato injusto estabelecido pelo poder, quando incompetente e déspota na função de gerir. Há apenas que se fazer um alerta. O governo não vai voltar atrás na intenção das medidas. Hoje, com absoluta certeza estuda a melhor estratégia para chegar a este intento. Fiquemos atentos, pois agora as medidas virão sem alardes. Os deputados da oposição têm papel fundamental para mobilizar a massa contra esses opressores de plantão. JoYa
Uma narrativa que expõe aos leitores a simbologia de uma postura democrática contra o ato injusto estabelecido pelo poder, quando incompetente e déspota na função de gerir. Há apenas que se fazer um alerta. O governo não vai voltar atrás na intenção das medidas. Hoje, com absoluta certeza estuda a melhor estratégia para chegar a este intento. Fiquemos atentos, pois agora as medidas virão sem alardes. Os deputados da oposição têm papel fundamental para mobilizar a massa contra esses opressores de plantão. JoYa
Neto Rodrigues - via Facebook |
Aos
"baderneiros" com carinho
Deputados no camburão, secretário Batman fugindo do professor, deputada “dondoquinha” pedindo socorro para a mãe de dentro do banheiro. A política paranaense foi desmascarada em uma sequência incrível de acontecimentos que começou com uma manifestação dos servidores, o que para a “elite” do envidraçado e pomposo Palácio Iguaçu, já fazia parte do cenário. Sim, é assim que eles se referem as manifestações. Tem o senhorzinho que grita dia e noite em frente ao Palácio, dizem, perdeu as terras para o governo, pirou e desde então desabafa palavras sem nexo, perdido em sua mágoa. Tem servidor da saúde, da educação, agente penitenciário, nos últimos anos, toda a semana uma manifestação. Por isso, para a nação de comissionados e assessores do governador e seus deputados, nada de novo debaixo do céu.
Com seus paletós e postura provinciana caminham com ares de autoridade. Muitos deles são do interior, gente que chega simples, mas a pompa é bonita, sedutora e, bastam 15 dias levando “um banho de Palácio”, como um deputado eleito me confidenciava, para que se adequem aquele estilo arrogante e soberbo. Era semana de votação; primeiro pedido importante do ano, todos tinham que atender o chefe. Dezenove assinaram o pedido de comissão geral, os demais votariam de arrasto no plenário. Era tudo rápido, rasteiro e fácil de resolver.
Não, meu amigo! O clima era outro. Nas redes sociais a Tsunami de indignação pedia o revide, nas ruas do Centro Cívico mais e mais pessoas chegavam, se reuniam. Perplexos, os deputados da base tentaram votar, não conseguiram. Portão no chão, galerias tomadas, vaias, palavras de ordem, pressão. Traia, Traiano, encerra os trabalhos. Todos pra casa, amanhã se vota, sem erro. Canetada do juiz, polícia na porta, cachorro babando. Mais e mais gente chegando. Ônibus do interior desembarcam paranaenses de todos os cantos do estado, um mar de gente, estudantes motivados. Mais polícia, chegam as esposas dos policiais, a tropa não tem o que comer, o pessoal ajuda, enquanto os deputados almoçam no restaurante da ALEP com um cardápio que oferece variados pratos.
Mais confusão, nada de votação. Todos os cupinchas no Chapéu Pensador, reunião com o chefe; “somos estadistas” vamos fazer o que tem que ser feito. Batman chama o camburão, todo mundo pra dentro. 5km dividem a história da política paranaense. Não tem como passar, o professor parou na frente do camburão. O Batman pula, o professor enfrenta, o Batman corre. Dentro do camburão a imagem do desespero. Política jogada no lixo, nome arremessado na lama. Desce, desce. Como marginais eles fogem, lembrando a revolta popular nas descidas do Casal Nardoni, de Suzane Von Richthofen e os irmãos Cravinhos para seus respectivos julgamentos. Parecem ratos fugindo do gato. Finalmente entram para votação.
Mais cachorro, mais homens de preto, cassetetes batem nos escudos, professores jogam flores. Tiro, porrada e bomba. A população ergue as mãos, joga flores e avança. Mais tiro, olhos ardendo é gás de pimenta. Ninguém se entrega. Mãos ao alto, flores no chão e a multidão avança. Assembleia tomada, deputados fugindo pelos fundos, projeto retirado e o Hino Nacional entoado por 30 mil baderneiros, que na verdade, em sua maioria eram mestres, professores, educadores, mostrando ao Brasil, mostrando as novas gerações que é possível mudar, que o país tem jeito sim! Nos ensinaram a bela lição de que basta se organizar, protestar, cobrar e nunca, mas nunca se acomodar!
Deputados no camburão, secretário Batman fugindo do professor, deputada “dondoquinha” pedindo socorro para a mãe de dentro do banheiro. A política paranaense foi desmascarada em uma sequência incrível de acontecimentos que começou com uma manifestação dos servidores, o que para a “elite” do envidraçado e pomposo Palácio Iguaçu, já fazia parte do cenário. Sim, é assim que eles se referem as manifestações. Tem o senhorzinho que grita dia e noite em frente ao Palácio, dizem, perdeu as terras para o governo, pirou e desde então desabafa palavras sem nexo, perdido em sua mágoa. Tem servidor da saúde, da educação, agente penitenciário, nos últimos anos, toda a semana uma manifestação. Por isso, para a nação de comissionados e assessores do governador e seus deputados, nada de novo debaixo do céu.
Com seus paletós e postura provinciana caminham com ares de autoridade. Muitos deles são do interior, gente que chega simples, mas a pompa é bonita, sedutora e, bastam 15 dias levando “um banho de Palácio”, como um deputado eleito me confidenciava, para que se adequem aquele estilo arrogante e soberbo. Era semana de votação; primeiro pedido importante do ano, todos tinham que atender o chefe. Dezenove assinaram o pedido de comissão geral, os demais votariam de arrasto no plenário. Era tudo rápido, rasteiro e fácil de resolver.
Não, meu amigo! O clima era outro. Nas redes sociais a Tsunami de indignação pedia o revide, nas ruas do Centro Cívico mais e mais pessoas chegavam, se reuniam. Perplexos, os deputados da base tentaram votar, não conseguiram. Portão no chão, galerias tomadas, vaias, palavras de ordem, pressão. Traia, Traiano, encerra os trabalhos. Todos pra casa, amanhã se vota, sem erro. Canetada do juiz, polícia na porta, cachorro babando. Mais e mais gente chegando. Ônibus do interior desembarcam paranaenses de todos os cantos do estado, um mar de gente, estudantes motivados. Mais polícia, chegam as esposas dos policiais, a tropa não tem o que comer, o pessoal ajuda, enquanto os deputados almoçam no restaurante da ALEP com um cardápio que oferece variados pratos.
Mais confusão, nada de votação. Todos os cupinchas no Chapéu Pensador, reunião com o chefe; “somos estadistas” vamos fazer o que tem que ser feito. Batman chama o camburão, todo mundo pra dentro. 5km dividem a história da política paranaense. Não tem como passar, o professor parou na frente do camburão. O Batman pula, o professor enfrenta, o Batman corre. Dentro do camburão a imagem do desespero. Política jogada no lixo, nome arremessado na lama. Desce, desce. Como marginais eles fogem, lembrando a revolta popular nas descidas do Casal Nardoni, de Suzane Von Richthofen e os irmãos Cravinhos para seus respectivos julgamentos. Parecem ratos fugindo do gato. Finalmente entram para votação.
Mais cachorro, mais homens de preto, cassetetes batem nos escudos, professores jogam flores. Tiro, porrada e bomba. A população ergue as mãos, joga flores e avança. Mais tiro, olhos ardendo é gás de pimenta. Ninguém se entrega. Mãos ao alto, flores no chão e a multidão avança. Assembleia tomada, deputados fugindo pelos fundos, projeto retirado e o Hino Nacional entoado por 30 mil baderneiros, que na verdade, em sua maioria eram mestres, professores, educadores, mostrando ao Brasil, mostrando as novas gerações que é possível mudar, que o país tem jeito sim! Nos ensinaram a bela lição de que basta se organizar, protestar, cobrar e nunca, mas nunca se acomodar!
Neto Rodrigues
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