terça-feira, 16 de junho de 2015

Deputada Federal Christiane Yared, uma representante sem amarras

Terça-feira, 16 de junho de 2015.
Christiane Souza Yared 
Deputada Federal - PTN/PR

Li no site do economista Luis Nassif uma entrevista concedida pela deputada federal Christiane Yared (PTN-PR) aos jornalistas Ricardo Alcântara e Paulo Metling. Deixo o endereço logo abaixo aos que se interessem em lê-la por completo. Vou destacar duas respostas que me chamaram especial atenção. Ambas mostram a importância de os eleitores conduzirem ao Congresso pessoas compromissadas em representá-los e não por àqueles que investem nas candidaturas e depois as conduzem conforme seus interesses. Ao entrevistar o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Desembargador Elídio Donizetti ouvi dele que “Se o povo soubesse como se faz salsicha e como se fazem as leis, não comeria salsicha, nem respeitaria as leis”.

Na primeira pergunto que destaco, os jornalistas tratam sobre os efeitos maléficos do financiamento de campanhas pelas empresas.

- É comum este tipo de pressão e cobrança das indústrias e de partidos políticos para votarem no que defendem?  
Deputada - Existe muito isso, muita cobrança o tempo todo. Os líderes cobram muito, até mesmo se estiver em um bloco governista como estou. Se voto contra sou chamada a atenção, mas não estou preocupada. Deixo bem claro, não sou PT nem PSDB, meu partido é o Paraná, eu vou lutar por ele, então não devo nada a ninguém graças a Deus. O PT e o PSDB estão liberados, cada um que lute pelo que acredita, eu quero lutar pelo meu povo e fazer a diferença mesmo. Tenho vários deputados comigo, trazendo esta conscientização de que o povo coloca alguém que o represente.   

Outro questionamento que me chamou a atenção foi quando os jornalistas procuram saber a opinião dela sobre a presidente Dilma.

- Com a baixa popularidade da presidenta, acredita que ela perdeu apoio no Congresso?    
Deputada - Não, o que ocorre é o seguinte, existe uma briga de três lideranças: O presidente da câmara (Eduardo Cunha), presidente do senado (Renan Calheiros) e o vice-presidente da república (Michel Temer). Hoje o foco não está mais na presidenta, ela apanhou tudo que tinha que apanhar, bateram até amortecer, ela não sente mais nada, o que falar da Dilma é indiferente.  O Brasil está sendo governado pelo vice-presidente, Michel Temer, que disputa com Renan Calheiros e com Eduardo Cunha, então estes três dirigem o país, só não vê quem não quer. A presidenta está lá como a rainha da Inglaterra, pois quem manda hoje é o PMDB e o PSDB, que se matam. O PMDB não se entende entre si, são subdivididos, o PSDB só sabe fazer acusações e não traz as soluções, parecem uma guerra de meninos, que todos criticam sem que haja uma crítica construtiva, trazem o problema, e sua solução? Malhar e bater todo mundo faz, então virou um recreio aquilo, os meninos se matam para defender seu cantinho. Precisamos mudar isto, necessitamos de homens e mulheres de posição que nos tragam os problemas e suas soluções, pois todos nós sabemos onde estão os problemas, qualquer criança sabe, queremos as respostas de como solucionar a onde vamos atingir.  Se precisa punir e prender, limpar o país. Este é o momento mais importante que esta nação já viveu, estamos limpando a nação e reescrevendo a história do país. As pessoas de bem que estão lá irão limpar este país, eu acredito no país, no seu povo, eu sou brasileira, meu país sou eu hoje, o amanhã a Deus pertence, eu posso fazer a diferença agora, e é assim que tem que ser. Se nenhum brasileiro se conscientizar não iremos mudar a história deste país.  

A visão de Christiane Yared, a deputada paranaense (Luis Nassif Online)

Com certeza, respostas que só poderiam vir de uma deputada independente. A eleição de Christiane Yared não foi um fato comum. Ela mesma reconhece que relutou até o último momento de sair candidata e quando decidiu aceitar o desafio de um jovem, percebeu que nem preparada estava para a intensa e exaustiva campanha que tinha pela frente. Ao chegar aos 200.144 votos (a mais votada do Paraná e proporcionalmente a mais votada do Brasil) sua candidatura recebeu o aval da população para no Congresso impor uma atuação diferenciada daqueles que, comprometidos com seus financiadores, representam mais aos interesses corporativos do que os do povo em si. A esperança é que as armadilhas do poder e a força invisível da sustentação de um mandato não interfiram na boa vontade e na pureza desta notável senhora que, certamente, não terá tarefa fácil pela frente. JoYa



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