Terça-feira, 31 de
maio de 2016.
“Não
há como esperar outra coisa desta visão impositiva de exploração da força
de
trabalho: Um Brasil que garante muita riqueza para poucos e muita miséria
para a maioria" JoYa |
Interessante a análise do André Castelo Branco Machado
sobre um olhar além do golpe político. Primeiro ele faz uma abordagem sobre a
crise econômica global lembrando que “Os preços da commodities continuam
baixos, a demanda mundial está retraída, os capitais em circulação se
distanciam de qualquer lastro real na produção, o mercado está ainda mais
concentrado e as nações estranguladas em dívidas.”, Depois coloca a alternativa
buscada pelas grandes corporações capitalistas que “é a de pilhar o patrimônio
dos Estados e os orçamentos públicos para fechar a sua equação deficitária”.
O Brasil não é uma
ilha
Castelo Branco lembra que o Brasil “é uma das
maiores economias do mundo e faz parte da solução esperada pelos homens de
negócio”. Por isso, diz Castelo Branco, além da crise política, “há uma pressão
para a redução brutal dos gastos sociais”. A saída portanto foi a substituição
(via golpe) de um governo com inspiração progressista e social para outro de
tendência absolutamente neoliberal. Não precisa muito esforço para entender que
“O governo Temer se insere na estratégia de deixar o Brasil totalmente de
joelhos para a adoção das medidas mais ortodoxas contra a economia popular.”
A fórmula
1. Manter as altas taxas de juros (principal
mecanismo de transferência da poupança nacional aos rentistas)
2.
Cortar direitos
3.
Reduzir gastos previdenciários
4.
Privatizar empresas públicas e
5. Diminuir a massa salarial (custo
Brasil).
Contradição
Lembra Andre Castelo Branco que a aparente
contradição desta fórmula “é que ela leva a uma redução brutal do consumo por
uma parcela significativa das pessoas, sobretudo os trabalhadores mais pobres”.
Ricos mais ricos e pobres
mais pobres
Não há como esperar outra coisa desta visão impositiva
de exploração da força de trabalho: Um Brasil que garante muita riqueza para
poucos e muita miséria para a maioria. A nova divisão internacional do trabalho
que se desenha, ao Brasil, segundo Castelo Branco, “é destinado a ter um
mercado mais enxuto, com uma mão de obra barata, baseado na monocultura para
exportação e leis brutais para conter a violência crescente”.
Custo social alto
Finalmente a análise expõe aquilo que ninguém de sã
consciência deseja este caminho para o Brasil, pois a alternativa de construção de um caminho
diferente nunca nutrirá a "confiança" desse mercado global. Sempre
será em contraponto a ele. Buscar resolver a crise econômica se submetendo aos
seus anseios somente tratá um custo social muito alto.
Programa alternativo
Para sair deste processo polêmico hoje instaurado no
país (que espero seja muito breve) há que se posicionar totalmente contra essa
corrente “e construir um programa alternativo de superação da crise, para sairmos
desse processo com uma nação mais forte, sustentável, industrializada e
soberana", finaliza André Castelo Branco Machado. * Análise objetiva e clara daquilo que vem em paralelo às ações políticas na sombria Brasilia. Assino embaixo, companheiro. JoYa
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