quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Campanha polêmica: certo ou errado?


Quarta-feira, 28 de setembro de 2011.
As feministas que me desculpem, mas neste caso a Hope está com a razão
Vocês lembram do comercial da Hope que foi lançado dias atrás? Pois bem, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República quer tirar do ar o comercial com Gisele Bündchen. Segundo uma nota liberada em seu site oficial, a Secretaria diz que desde que o comercial Hope Ensina foi ao ar, no dia 20 de setembro, a sua Ouvidoria recebeu uma série de reclamações de indignação com o conteúdo. No comercial Gisele passa por situações consideradas certas e erradas na hora de dar uma notícia ao marido. Na forma certa, a top aparece de lingerie. O comunicado da Secretaria explica que:
“A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal”
Já a Hope, em resposta às acusações, disse que o objetivo da propaganda é mostrar de forma bem-humorada a sensualidade da mulher brasileira, que possui reconhecimento mundial. Em comunicado à imprensa a empresa afirmou que:
“Os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal. Bater o carro, extrapolar nas compras ou ter que receber uma nova pessoa em sua casa por tempo indeterminado são fatos desagradáveis que podem acontecer na vida de qualquer casal, seja o agente da ação homem ou mulher. Foi exatamente para evitar que fôssemos analisados sob o viés da subserviência ou dependência financeira da mulher que utilizamos a modelo Gisele Bündchen, uma das brasileiras mais bem-sucedidas internacionalmente. Gisele está ali para evidenciar que todas as situações apresentadas na campanha são brincadeiras, piadas do dia a dia, e em hipótese alguma devem ser tomadas como depreciativas da figura feminina. Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor”
E agora? O que você acha disso tudo? (Correio do Povo) 




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