Quarta-feira, 06 de junho de 2012.
Elize Matsunaga, 38, conduzida algemada para o
primeiro
depoimento à polícia (Foto Carlos
Pessuto/Futura Press)
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Elize Ramos Kitano Matsunaga, 38, afirmou em depoimento nesta
quarta-feira que matou o marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42, após uma
discussão conjugal por conta de uma infidelidade que teria sido descoberta por
ela. Ele era diretor-executivo da Yoki e foi encontrado esquartejado no fim do
mês passado. Segundo a polícia, ela afirmou também que foi agredida por
Matsunaga antes do crime e que agiu sozinha. O rastreamento do celular mostra
que a mulher esteve na região onde partes do corpo da vítima foram deixadas.
Cúmplice
A polícia ainda investiga o marido de uma empregada de Elize sob suspeita
de ter ajudado a desovar o corpo. Uma testemunha de Cotia --local onde foi
desovado o corpo-- diz ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em
uma moto escura, jogou os sacos plásticos azuis onde estavam pedaços do corpo
do executivo.
Como foi o crime
Essa é a primeira vez que Elize, que é bacharel em direito, é ouvida
desde o crime. Até então, ela negava qualquer envolvimento na morte do marido. Elize
afirmou que após atirar na cabeça do executivo, arrastou o corpo até o banheiro
da empregada onde fez o esquartejamento. Partes do corpo foram armazenados nos
refrigeradores do apartamento onde o casal morava. As três malas que aparecem
com ela em imagens das câmeras de segurança do prédio foram usadas para fazer o
transporte do corpo até o local onde foi feita a desova --na Grande SP, segundo
depoimento. As malas estão sendo procuradas pela polícia. Elize está presa
desde a noite de segunda-feira (4).
Prisão prorrogada
Nesta quarta, a prisão foi prorrogada por mais 30 dias. A polícia também
encontrou no imóvel sacos de lixo de modelo idêntico ao usado para embalar as
partes do corpo da vítima. Segundo o delegado Carrasco, são sacos muito
incomuns, provavelmente importados, que possuem um filete vermelho na
extremidade. Os peritos que analisaram as partes do corpo afirmam que os cortes
foram feitos com extrema precisão. A polícia afirma que Elize, que é bacharel
em direito, possui curso técnico de enfermagem. Além disso, ela é beneficiária
de um seguro de vida feito recentemente pelo executivo, no valor de R$ 600 mil.
Sepultamento
Matsunaga foi sepultado ontem no cemitério São Paulo. Apenas o pai, Mitsuo,
e o irmão, Mauro, compareceram, seguindo uma decisão da família. Havia mais
sete pessoas, entre advogados e funcionários da empresa. Não houve velório, mas
apenas uma cerimônia de cinco minutos, realizada por um bispo anglicano. (Folha
Online)
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