Quinta-feira, 07 de junho de
2012.
Nenhum esforço é tão compensador quanto o de vencemos a luta para sermos
nós mesmos. O ser sofre muito a influência do meio em que vive e é criado. São
regras impostas desde a infância e que vão incutindo na pessoa uma forma mais
de agir do que de ser. Pode isso, não
pode aquilo. É preciso ser assim e fazer daquele jeito. Só ganha se fizer
aquilo e não isto. Não, assim não está correto. Você deveria ter feito dessa
forma. Ouvimos isso a toda hora desde a infância até a vida adulta. É claro que
muita coisa tem sentido. Razão até. Mas o ser acaba se moldando pelas regras,
pelo sim ou pelo não, acrescentando ou obstruindo à sua forma natural de ser.
Para o bem ou para o mal. Daí a vida ser, sim, uma luta para mesmo dentro de
regras impostas pelos outros, chegar a sermos nós mesmos.
Quanto a esse assunto, quero lembrar algumas ponderações da pedagoga,
administradora, consultora e professora universitária Marizete Furbino quando
diz que “em meio ao mundo em que vivemos, torna-se de
fundamental importância ter a consciência de que obstáculos sempre irão
existir. Sem estes, talvez a vida não tivesse o menor sentido; porém, devemos
ter a sabedoria de conduzi-los e resolvê-los”. Ela
lembra que a pessoa precisa, e este é seu grande desafio, manter o equilíbrio emocional
para enxergar uma "luz no final do
túnel". Só assim terá a chance de encontrar meios para solucionar os entraves
que sempre aparecem. É fundamental entender, diz a pedagoga, que “se a pessoa perde o equilíbrio
emocional diante dos inevitáveis problemas que surgem ao longo da vida, além de
se sentir enfraquecida para enfrentar tais problemas, sua mente estará
literalmente bloqueada impedindo-a de pensar e raciocinar; logo, dificilmente,
o problema será resolvido.” É importante entender que
maturidade e equilíbrio emocional andam de mãos dadas. Uma imersão passa a ser
necessária. Se não conseguir por si, há profissionais que podem ajudar e esses
devem ser buscados. A maturidade fará com que a pessoa reconheça suas
limitações e peça ajuda. Esta será de fundamental importância para reconduzi-la
ao caminho certo para que volte a administrar suas próprias emoções.
A idade madura nos mostra que muito se aprende com o sofrimento, com a
dor. Ela pode até nos asfixiar, mas mesmo não a desejando, só se conseguirá
superá-la com decisões e atitudes drásticas. A formatação do ser, infelizmente
passa por essa realidade. O pensador russo Ievguêni Mikhailovitch Vinokurov já dizia
que “nenhuma dor e tão mortal quanto à da luta
para sermos nós mesmos”. E eu acrescento como já afirmei
neste texto que nenhum esforço é tão compensador quanto o de vencermos essa
luta.
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