Sexta-feira, 22 de março de
2013.
Diretora: Tierney Remick, da Mercado Global (FOTO: Robson Fernandes/Estadão) |
A redução do crescimento econômico, tanto nos países desenvolvidos quanto
em nações em desenvolvimento, mudou o perfil de executivo que as empresas
precisam. Empresa de recursos humanos dos EEUU (*) projeta que ao longo dos
próximos 12 anos, um novo estilo de liderança será necessário para garantir a
expansão das empresas: A agilidade e a capacidade de
delegar funções às pessoas certas serão qualidades necessárias em um cenário
menos favorável.
"Um líder ágil precisa saber escalar os
jogadores certos nas posições certas. É preciso que seja como um técnico de
futebol, sempre ciente das características de cada membro de seu time", defende
executiva da empresa (*). As empresas precisam saber atacar e defender. Por isso,
os 'jogadores' da equipe precisam ter habilidades diferentes", diz. Em
multinacionais será preciso traçar estratégias pensando em todas as
subsidiárias, e não apenas no talento concentrado na sede.
Brasil
A importância da capacidade de adaptação a tempos difíceis aumentará o
cacife do profissional brasileiro. Por causa das crises que o país viveu desde
os anos 80, o Brasil é um verdadeiro centro de treinamento para um executivo
aprender a lidar com flutuações econômicas - precisamente o cenário que a empresa
estadunidense projeta na próxima década. O novo perfil de executivo
exige habilidade de confiar nas experiências prévias para tentar (um novo
caminho). Ele não precisa ser o intelectualmente mais brilhante, mas precisa
saber agir quando as situações se apresentam.
Para evitar a "sangria" de talentos, os
líderes precisam ser treinados para cargos de chefia desde os primeiros
estágios da carreira. "A empresa precisa identificar seus
potenciais chefes bem antes de eles chegarem aos cargos de diretoria, como
geralmente acontece", explica. A executiva diz que os
talentos devem ser catalogados com pelo menos sete anos de antecedência, para
que a capacidade profissional seja testada em vários ambientes de
"estresse".
Para não perder o jovem talento que mostra potencial para ser um bom
executivo, a melhor fórmula é a rotação de carreiras em áreas como marketing,
finanças e inovação, além da passagem por um escritório internacional. Para as
grandes corporações, diz, o desafio será desafiar as amarras da própria
estrutura. "O mercado vai exigir soluções criativas. Por
isso, a tendência é que as melhores soluções saiam das médias empresas, que são
mais propícias a desafiar padrões estabelecidos." (Newsletter/
FERNANDO SCHELLER/Estadão)
* Empresa: Korn/Ferry (de
Recursos Humanos)
* Diretora: Tierney Remick (de
Mercado Global )
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